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Aécio critica solução ‘utópica’ para enfraquecer impeachment e cobra posição de Marina

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BRASÍLIA – O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acusou nesta terça-feira setores ligados ao governo, como o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB), de estarem inflando a tese das eleições gerais, não previstas na Constituição, para fragilizar a votação do impeachment, que é o que está colocado no momento. Aécio disse que essa “utopia” é a estratégia dos que não querem votar para aprovar o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Ele também cobrou uma posição clara da ex-ministra Marina Silva sobre o impeachment.

Também sem assumir se será candidata , Marina lançou hoje uma campanha por novas eleições, e anunciou que irá apoiar as ações impetradas pela oposição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impugnar a chapa Dilma/Michel Temer.

— Eu e nem ninguém sabe qual é a posição da Marina sobre o impeachment, que é o que está em votação agora. Eu também prefiro a solução do TSE. Mas vamos ficar aguardando um ou dois anos por essa solução para termos novas eleições? O Brasil não aguenta. O momento é muito grave e as pessoas tem que se posicionar claramente contra ou a favor do impeachment — criticou Aécio.

Sobre a tese de aprovação de uma PEC para instituir eleições gerais, Aécio disse que qualquer medida “criativa” e “utópica” servem apenas para fragilizar o impeachment . Prova disso, disse Aécio, é que a tese passou a ser defendida hoje por Renan, que tem se alinhado ao Planalto nos últimos dias.

— Soluções emergenciais, improvisadas servem apenas para beneficiar os que querem fragilizar o impeachment, que é o caminho mais curto para estancar essa crise que acaba com o Brasil. Os que não querem o afastamento da presidente Dilma vai dizer: sou a favor de eleição direta e portanto vou votar contra o impeachment . Somos a favor da utopia. Nós no PSDB vamos apoiar em peso o impeachment e dar apoio político e programático a um governo de transição, com uma agenda emergencial. O tempo de desprendimento e grandeza da presidente Dilma já passou — disse Aécio.

CRÍTICAS A DILMA E CARDOZO

O presidente do PSDB também criticou a defesa feita pelo advogado geral da União, José Eduardo Cardozo , na comissão do impeachment da presidente Dilma.

— Qual a intenção do ministro Cardozo ao dizer que a presidente Dilma não cometeu dolo nas pedaladas fiscais? Ele quis dizer que a presidente da República é incapaz de saber a extensão de seus atos? Na campanha eu cansei de questioná-la sobre a bomba que ia estourar. Dilma sabia sim que estava cometendo crime de responsabilidade — criticou Aécio.

Sobre a negociação de cargos para barrar o impeachment, Aécio disse que Dilma, se conseguir os votos para não ser afastada, não terá o que fazer depois com uma base de 1/3 da Câmara.

— A presidente Dilma escancarou o mercado persa no Planalto e prepara sua saída pelas portas dos fundos. Se o impeachment não passar, como irá governar com 180 ou 200 deputados se o impeachment não passar? Não há saída sem trauma, mas a mais traumática é a permanência da presidente Dilma. E sua saída vai se dar pela saída constitucional — disse Aécio.



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