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Trump mira costa da Flórida em expansão histórica da perfuração de petróleo

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Trump mira costa da Flórida em expansão histórica da perfuração de petróleo

Mundo – A administração Trump anunciou, nesta quinta-feira (20), um amplo plano para liberar novas áreas de perfuração de petróleo nas costas da Califórnia e da Flórida — algo inédito em décadas e que reacende disputas políticas, econômicas e ambientais. A medida integra a estratégia do presidente de impulsionar a produção de combustíveis fósseis e consolidar o que chama de “domínio energético” dos Estados Unidos.

Pelos novos termos, a Flórida passaria a ter trechos do litoral — a pelo menos 160 km (100 milhas) da costa — abertos para exploração offshore. A região é adjacente ao Centro do Golfo do México, que já concentra milhares de poços e centenas de plataformas. Desde 1995, o governo federal proibia novas perfurações em águas do leste do Golfo por causa do risco de derramamentos.

A proposta também inclui seis novos leilões offshore na Califórnia e mais de 20 na costa do Alasca, inclusive na área recém-nomeada “Alto Ártico”, a mais de 320 km do continente.

Reações fortes na Flórida e na Califórnia

O anúncio gerou reações imediatas tanto em estados governados por democratas quanto por republicanos.

Na Flórida — onde praias limpas e turismo são pilares da economia — a iniciativa deve enfrentar forte resistência bipartidária. O senador Rick Scott, republicano e aliado de Trump, já havia atuado para barrar um plano semelhante em 2018, quando era governador. Neste mês, Scott e a senadora Ashley Moody apresentaram um projeto para manter a moratória contra perfurações no estado, texto que Trump chegou a sancionar em seu primeiro mandato.

“Como floridianos, sabemos o quanto nossas praias e águas costeiras são vitais para nossa economia e modo de vida. Sempre vou defender que nossas costas permaneçam preservadas”, declarou Scott.

Na Califórnia, o governador Gavin Newsom chamou o plano de “idiota” e “imprudente”. O estado, marcado por desastres ambientais como o vazamento de Santa Bárbara em 1969, mantém rígida oposição a novas licenças. Newsom reforçou que o estado continuará lutando contra qualquer expansão.

Grupos ligados ao setor de energia celebraram a decisão. O American Petroleum Institute afirmou, em carta enviada ao governo, que todas as áreas com “potencial de gerar empregos, receita e fortalecer a segurança energética” deveriam ser incluídas nos planos de perfuração.

Ambientalistas e legisladores democratas, porém, afirmam que o movimento ameaça ecossistemas inteiros e coloca em risco a infraestrutura e a saúde de milhões de pessoas que vivem perto das costas. Um único derramamento, alertam, pode custar bilhões em prejuízos, recuperação ambiental e queda no turismo.

O League of Conservation Voters classificou o plano como “perigoso”, acusando a administração Trump de prolongar a dependência de combustíveis fósseis e enfraquecer o avanço de energias renováveis — que vêm sofrendo cortes federais desde o retorno de Trump ao poder.

Virada na política energética dos EUA

O pacote anunciado marca mais um grande revés às políticas ambientais de Joe Biden. Em seu primeiro dia no segundo mandato, Trump revogou a ordem executiva que proibia novas perfurações no Atlântico e no Pacífico — medida que depois foi derrubada na Justiça. O governo também cancelou bilhões em incentivos para energia limpa e bloqueou projetos eólicos offshore.

Enquanto isso, incentiva empresas, como a texana Sable Offshore Corp., a retomar operações em áreas sensíveis, como a costa de Santa Bárbara, atingida por um vazamento em 2015.

Com o novo plano, a Flórida volta ao centro de uma disputa nacional entre segurança energética, preservação ambiental e economia turística — e deve se transformar novamente em palco de um dos debates mais acalorados da política norte-americana.

Flórida entra no centro da nova ofensiva de Trump para ampliar perfuração de petróleo nos EUA

A administração Trump anunciou, nesta quinta-feira (20), um amplo plano para liberar novas áreas de perfuração de petróleo nas costas da Califórnia e da Flórida — algo inédito em décadas e que reacende disputas políticas, econômicas e ambientais. A medida integra a estratégia do presidente de impulsionar a produção de combustíveis fósseis e consolidar o que chama de “domínio energético” dos Estados Unidos.

Pelos novos termos, a Flórida passaria a ter trechos do litoral — a pelo menos 160 km (100 milhas) da costa — abertos para exploração offshore. A região é adjacente ao Centro do Golfo do México, que já concentra milhares de poços e centenas de plataformas. Desde 1995, o governo federal proibia novas perfurações em águas do leste do Golfo por causa do risco de derramamentos.

A proposta também inclui seis novos leilões offshore na Califórnia e mais de 20 na costa do Alasca, inclusive na área recém-nomeada “Alto Ártico”, a mais de 320 km do continente.

Reações fortes na Flórida e na Califórnia

O anúncio gerou reações imediatas tanto em estados governados por democratas quanto por republicanos.

Na Flórida — onde praias limpas e turismo são pilares da economia — a iniciativa deve enfrentar forte resistência bipartidária. O senador Rick Scott, republicano e aliado de Trump, já havia atuado para barrar um plano semelhante em 2018, quando era governador. Neste mês, Scott e a senadora Ashley Moody apresentaram um projeto para manter a moratória contra perfurações no estado, texto que Trump chegou a sancionar em seu primeiro mandato.

“Como floridianos, sabemos o quanto nossas praias e águas costeiras são vitais para nossa economia e modo de vida. Sempre vou defender que nossas costas permaneçam preservadas”, declarou Scott.

Na Califórnia, o governador Gavin Newsom chamou o plano de “idiota” e “imprudente”. O estado, marcado por desastres ambientais como o vazamento de Santa Bárbara em 1969, mantém rígida oposição a novas licenças. Newsom reforçou que o estado continuará lutando contra qualquer expansão.

Indústria do petróleo comemora; ambientalistas alertam para riscos

Grupos ligados ao setor de energia celebraram a decisão. O American Petroleum Institute afirmou, em carta enviada ao governo, que todas as áreas com “potencial de gerar empregos, receita e fortalecer a segurança energética” deveriam ser incluídas nos planos de perfuração.

Ambientalistas e legisladores democratas, porém, afirmam que o movimento ameaça ecossistemas inteiros e coloca em risco a infraestrutura e a saúde de milhões de pessoas que vivem perto das costas. Um único derramamento, alertam, pode custar bilhões em prejuízos, recuperação ambiental e queda no turismo.

O League of Conservation Voters classificou o plano como “perigoso”, acusando a administração Trump de prolongar a dependência de combustíveis fósseis e enfraquecer o avanço de energias renováveis — que vêm sofrendo cortes federais desde o retorno de Trump ao poder.

Virada na política energética dos EUA

O pacote anunciado marca mais um grande revés às políticas ambientais de Joe Biden. Em seu primeiro dia no segundo mandato, Trump revogou a ordem executiva que proibia novas perfurações no Atlântico e no Pacífico — medida que depois foi derrubada na Justiça. O governo também cancelou bilhões em incentivos para energia limpa e bloqueou projetos eólicos offshore.

Enquanto isso, incentiva empresas, como a texana Sable Offshore Corp., a retomar operações em áreas sensíveis, como a costa de Santa Bárbara, atingida por um vazamento em 2015.

Com o novo plano, a Flórida volta ao centro de uma disputa nacional entre segurança energética, preservação ambiental e economia turística — e deve se transformar novamente em palco de um dos debates mais acalorados da política norte-americana.



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