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Paz entre Rússia e Ucrânia pode vir de acordo selado na Flórida

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Paz entre Rússia e Ucrânia pode vir de acordo selado na Flórida

Mundo – O resort Mar-a-Lago, residência de inverno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode se tornar o palco decisivo para um acordo de paz que encerre quase quatro anos de guerra entre Rússia e Ucrânia. Neste domingo (28), Trump recebe o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um encontro de alto risco que visa finalizar um plano de paz de 20 pontos, descrito por Kiev como “90% pronto”.

Zelensky, a caminho da Flórida com uma parada no Canadá para consultas com líderes europeus, afirmou que a reunião focará em refinar os detalhes restantes, incluindo garantias de segurança para a Ucrânia, questões territoriais sensíveis como o Donbas e o controle da usina nuclear de Zaporizhzhia. “Nosso objetivo é levar tudo a 100%”, declarou o líder ucraniano, destacando progressos significativos nas negociações bilaterais com os EUA.

Do lado americano, Trump expressou otimismo cauteloso, afirmando que há “uma boa chance” de acordo e que Zelensky “não tem nada até que eu aprove”. O presidente dos EUA tem atuado como mediador central, com enviados como Steve Witkoff e Jared Kushner conduzindo diálogos intensos com ambas as partes. Fontes da Casa Branca indicam que o plano inclui propostas de zonas desmilitarizadas no leste ucraniano, administração compartilhada de ativos estratégicos e compromissos econômicos de longo prazo.

A Ucrânia mostrou flexibilidade, com Zelensky sinalizando disposição para retirar tropas de partes do Donbas controladas por Kiev, desde que a Rússia faça o mesmo, criando uma área monitorada internacionalmente. Kiev insiste em garantias de segurança vinculantes, semelhantes ao Artigo 5 da Otan, para prevenir futuras agressões russas.

No entanto, Moscou reage com ceticismo. Autoridades russas, incluindo o vice-ministro Sergei Ryabkov, acusam a Ucrânia de tentar “torpedear” as negociações, exigindo controle total sobre o Donbas e rejeitando concessões significativas. Na véspera do encontro, a Rússia intensificou ataques a Kiev, com ondas de mísseis e drones que causaram mortes e ferimentos, o que Zelensky classificou como prova de que Putin “não quer paz”.

Analistas internacionais veem o encontro na Flórida como um momento pivotal: um aval de Trump poderia pressionar Moscou a aceitar o framework, abrindo caminho para um cessar-fogo antes do Ano Novo. Críticos europeus temem concessões excessivas aos interesses russos, enquanto aliados de Kiev pressionam por sanções mais duras caso as talks falhem.

Mar-a-Lago, já palco de diplomacias controversas no passado, volta a ser centro das atenções globais. O resultado dessa reunião ensolarada na Flórida pode não apenas definir o fim da guerra mais devastadora na Europa desde 1945, mas também moldar o equilíbrio de poder no continente por décadas. O mundo aguarda ansioso por sinais de um acordo que, enfim, traga paz duradoura.



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