Justiça: estuprador é executado na Flórida por assassinato brutal de jovem que ajudava moradores de rua
Mundo – Mais de três décadas após um crime que chocou Orlando, Thomas Lee Gudinas, de 51 anos, foi executado por injeção letal na noite desta terça-feira (24), em uma prisão estadual da Flórida, nos Estados Unidos. Gudinas foi condenado à morte em 1995 pelo estupro e assassinato da jovem Michelle McGrath, de 27 anos, ex-rainha do baile e conhecida por seu trabalho voluntário com pessoas em situação de rua.
A execução foi a sétima realizada na Flórida em 2025 — o estado lidera o número de penas capitais cumpridas no país neste ano. No total, 24 presos já foram executados nos EUA em 2025, incluindo casos por injeção letal, fuzilamento e até asfixia com nitrogênio, método duramente criticado por organizações de direitos humanos.
Crime brutal cometido por bestialidade
Michelle McGrath foi atacada em 24 de maio de 1994, após sair com uma amiga do clube Barbarella, no centro de Orlando. Enquanto caminhava sozinha até seu carro, por volta das 2h45, foi surpreendida por Gudinas, que a violentou e espancou brutalmente. O corpo nu de Michelle foi encontrado horas depois em um beco, com sinais de agressão física severa. O ataque foi descrito por autoridades como “selvagem e desumano”.
Na época, Gudinas, então recém-chegado à cidade e trabalhando como ajudante de garçom, foi preso logo após o crime. Durante o julgamento, que foi transferido para outra cidade devido à comoção pública, ele demonstrou frieza, chorando apenas na leitura da sentença.
Vítima era extremamente querida na comunidade
Michelle McGrath era uma jovem promissora, que trabalhava como secretária em uma empresa aeroespacial e estudava para se tornar corretora alfandegária. Ela vivia sozinha, adorava culinária mexicana e era muito ligada à família. Seus familiares relataram que ela tinha o hábito de ajudar pessoas em situação de rua, distribuindo cobertores, ouvindo histórias e até convidando desconhecidos para refeições.
“Ela iluminava qualquer ambiente”, disse seu irmão Joey McGrath. “Michelle era especial. Quando ela entrava, tudo mudava: mais leve, mais divertido.”
Alegações de doença mental foram rejeitadas
Nos anos que se seguiram, os advogados de Gudinas argumentaram repetidamente que ele sofria de distúrbios mentais graves e que sua execução violaria a Constituição americana. Eles chegaram a apresentar cartas desconexas escritas por Gudinas, incluindo uma dirigida ao ex-presidente Donald Trump, nas quais ele falava sobre “sistemas secretos” e teorias conspiratórias.
A Suprema Corte da Flórida, no entanto, rejeitou o pedido, assim como o juiz que o condenou, Belvin Perry Jr., que destacou a crueldade do crime: “Não há dúvida de que Michelle estava viva e consciente durante boa parte do ataque”, disse.
“Não há encerramento”, diz família da vítima
A família de Michelle optou por não assistir à execução, descrevendo o processo como “trauma sobre trauma”. Para eles, mais do que encerramento, a execução representa apenas o fim de um ciclo doloroso de mais de 30 anos.
“Estamos privados da minha filha… para sempre”, disse o pai de Michelle, Douglas McGrath, ao apresentar ao tribunal uma foto do túmulo da filha.
“Não acho que haja uma maneira de encontrar encerramento”, afirmou a irmã Kerry McGrath. “Acho que apenas acabará.”
O caso de Michelle McGrath continua sendo um dos crimes mais lembrados de Orlando — não apenas pela brutalidade do ato, mas pela luz que a vítima irradiava em vida.
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