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Disney aposta no streaming da ESPN para compensar perdas da TV e acelerar lucros na Flórida

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Disney aposta no streaming da ESPN para compensar perdas da TV e acelerar lucros na Flórida

Mundo – O lançamento do serviço de streaming direto ao consumidor da ESPN, em 21 de agosto, promete redesenhar as finanças da Walt Disney Co. (NYSE: DIS) e marcar um ponto de virada para o futuro do conglomerado de mídia. De acordo com relatório da Barclays Research, a plataforma tem potencial para não apenas compensar as quedas no modelo tradicional de TV paga, mas também para impulsionar os lucros da companhia nos próximos anos.

A ESPN é peça-chave na estratégia da Disney por controlar mais de 40% da programação esportiva transmitida nas redes tradicionais. E o apetite do público é evidente: cerca de 80% dos 100 programas mais assistidos na TV nos Estados Unidos são eventos esportivos.

Nos primeiros dez dias após o lançamento, mesmo antes do início da temporada de futebol americano, o serviço já havia registrado cerca de 1 milhão de assinaturas, segundo estimativas de terceiros. O Barclays projeta que a plataforma pode atingir 5 a 6 milhões de usuários nos próximos anos — o suficiente para alcançar o ponto de equilíbrio e sustentar crescimento.

O impacto nas receitas

Atualmente, a ESPN gera aproximadamente US$ 19 a US$ 20 por mês por assinante linear, considerando afiliados e publicidade. O Barclays estimou que apenas com taxas de afiliação, a ESPN já arrecada US$ 13 por mês por usuário, com previsão de crescimento anual de 7% nos próximos três anos e 5% a partir daí.

A publicidade também deve continuar como motor relevante. Nos últimos dois anos, mesmo com o avanço do cord-cutting (cancelamento de TV a cabo), a ESPN conseguiu manter crescimento de dois dígitos em anúncios, apoiada em audiência estável e aumento no preço dos espaços.

Custos e margens

Para o lançamento, o Barclays estima um gasto incremental de US$ 200 milhões, valor considerado controlado diante do investimento da rival Fox no Fox One, que varia entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões. A vantagem da ESPN é já contar com a estrutura tecnológica do ESPN+, o que limita os custos adicionais.

As margens, porém, permanecem um desafio. Redes esportivas operam com índices menores do que canais de entretenimento geral. A ESPN hoje mantém uma margem operacional em torno de 20%, já que cerca de 70% de sua receita é consumida em programação e produção. Para o streaming, o Barclays projeta margens de aproximadamente 10%.

Riscos e oportunidades

Um dos principais riscos apontados é o churn sazonal — a desistência de assinantes em períodos fora dos calendários esportivos mais fortes, já que a maior parte da programação da Disney está concentrada em oito meses do ano. Ainda assim, a análise indica que o limite de equilíbrio para a plataforma seria de 9,5 milhões de assinantes de forma isolada, mas cai para 5 milhões quando considerados os benefícios do agrupamento com Disney+ e Hulu, além da redução de cancelamentos.

Perspectiva otimista

Apesar dos desafios, o Barclays acredita que o streaming da ESPN pode ser mais do que apenas uma estratégia defensiva contra o declínio da TV tradicional. Para os analistas, o serviço tem potencial de se transformar em um motor de crescimento de longo prazo para a Disney.

A corretora manteve a recomendação “overweight” para as ações da Disney, com preço-alvo de US$ 140, sinalizando confiança de que a aposta no esporte digital pode reforçar a posição da companhia em um mercado de mídia cada vez mais fragmentado.

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