“Não é mais tudo isso”: desempenho de Neymar frustra torcedores do Santos na reestreia
Brasil – Nem Neymar conseguiu salvar o Santos do marasmo no Paulistão e o Peixe só não saiu derrotado graças à atuação segura de Gabriel Brazão. O empate sem gols contra o Novorizontino, pela 8ª rodada do Campeonato Paulista, expôs as dificuldades da equipe comandada por Pedro Caixinha. Com um meio de campo pouco criativo e um ataque inoperante, o Santos teve uma atuação apática e não conseguiu quebrar a sólida marcação adversária.
O torcedor que lotou a Vila Belmiro esperava uma reestreia empolgante do camisa 10, mas encontrou um time travado, sem agressividade e previsível nas jogadas. Mesmo com Neymar em campo, a equipe pouco ameaçou o goleiro Airton Michellon. A falta de intensidade e movimentação ofensiva resultou em um desempenho abaixo do esperado, frustrando os santistas.
A expectativa era de que Neymar trouxesse um diferencial ao ataque do Santos, mas o camisa 10 encontrou dificuldades para encontrar espaços. Bem marcado e recebendo poucas bolas em condições ideais, ele não conseguiu criar lances de perigo. O ataque, formado por Neymar, Soteldo, Guilherme e Tiquinho Soares, teve movimentação insuficiente e não conseguiu furar o bloqueio do Novorizontino.
Sem um meio-campo criativo para abastecê-los, os jogadores ficaram isolados, limitando-se a tentativas individuais que pouco surtiram efeito. Neymar chegou a arriscar algumas jogadas, mas sem efetividade. O setor ofensivo do Santos precisa de ajustes urgentes para aumentar sua produtividade.
Se o ataque do Santos decepcionou, o goleiro Gabriel Brazão foi o grande responsável por evitar um resultado pior. Com pelo menos três defesas cruciais ao longo dos 90 minutos, ele impediu que o Novorizontino convertesse a superioridade em posse de bola em gols. A segurança de Brazão sob as traves garantiu que o Peixe chegasse ao seu primeiro jogo sem sofrer gols na temporada.
Desde o início do Paulistão, Brazão tem sido um dos destaques do time, garantindo pontos importantes. No entanto, a dependência excessiva de seu goleiro mostra que o Santos ainda precisa evoluir como equipe.
Um dos maiores problemas do Santos na partida foi a falta de criatividade no meio-campo. O setor falhou na transição ofensiva e teve dificuldades para criar espaços. João Schmidt e Diego Pituca, responsáveis por organizar as jogadas, não conseguiram ditar o ritmo e foram facilmente anulados pelo Novorizontino.
Além disso, os laterais Leo Godoy e Vinícius Lira tiveram participação ofensiva discreta, limitando ainda mais as opções do time. Sem jogadas laterais eficientes e com um meio congestionado, Neymar e seus companheiros ficaram isolados, sem receber bolas em boas condições para finalizar.
O Santos cometeu muitos erros de passe, dificultando a construção de jogadas e permitindo que o Novorizontino controlasse a partida. A falta de precisão nas trocas de bola fez com que o time perdesse a posse em momentos cruciais, resultando em contra-ataques perigosos.
Além disso, a equipe demonstrou pouca intensidade, algo que já havia sido observado em jogos anteriores. A lentidão na circulação de bola e a falta de movimentação dos jogadores tornaram o jogo previsível, facilitando o trabalho defensivo do adversário.
Após o jogo, o técnico Pedro Caixinha admitiu que o Santos precisa melhorar se quiser brigar pelo título do Paulistão. Ele destacou que o time ainda está em processo de construção e que ajustes serão necessários para que a equipe consiga impor seu estilo de jogo.
O treinador também ressaltou a necessidade de maior entrosamento entre os jogadores, especialmente no setor ofensivo, que tem potencial para ser um dos mais fortes da competição, mas que ainda não engrenou. A expectativa é que Caixinha faça mudanças táticas e de escalação para os próximos compromissos.
Agora, o Santos se prepara para um duelo crucial contra o Corinthians. O clássico será uma oportunidade para a equipe demonstrar evolução e recuperar a confiança na competição. Para isso, Neymar e seus companheiros precisarão encontrar um melhor encaixe e apresentar um futebol mais eficiente.
A pressão sobre o time aumenta, já que o Peixe precisa pontuar para garantir classificação à próxima fase do estadual. Um novo tropeço pode comprometer as chances do Santos no torneio, tornando o duelo contra o arquirrival ainda mais decisivo.
O que o Santos precisa corrigir para reagir no Paulistão?
- Ajustar a transição ofensiva: o time precisa de um meio-campo mais criativo para conectar defesa e ataque.
- Melhorar a movimentação no ataque: Neymar, Soteldo e Tiquinho devem criar mais opções de passe e infiltração.
- Corrigir erros de passe: a quantidade de passes errados tem comprometido o desempenho da equipe.
- Aprimorar o apoio dos laterais: Leo Godoy e Vinícius Lira precisam contribuir mais na construção ofensiva.
- Manter a segurança defensiva: Gabriel Brazão tem sido destaque, mas a defesa precisa de mais consistência coletiva.
Na busca da identidade
Apesar das dificuldades, o Santos tem um elenco qualificado e potencial para crescer no Paulistão. A presença de Neymar é um diferencial, mas ele precisa de um time mais estruturado ao seu redor para desempenhar seu melhor futebol.
O desafio de Caixinha é encontrar a melhor formação e fazer com que os jogadores se adaptem ao seu estilo de jogo. Com o Campeonato Paulista sendo uma competição curta, cada ponto perdido pode fazer falta. O desempenho no clássico contra o Corinthians será fundamental para definir o rumo do Peixe no torneio.