Com direção de Maíra Lour, o espetáculo solo traz o ator Pablito Kucarz, para narrar a história de sua mãe, uma mulher comum, como diversas outras mães que deixaram sua casa muito jovens para trabalhar na cidade grande.

Em 40 minutos, o artista, que assina performance e dramaturgia, também se permite questionar o enredo quando, em busca da própria identidade, se confronta com temas como preconceito, bullying, machismo e violência. Com tom suave, a narrativa tem ares de fábula pessoal.

Último dia

No último dia de festival, domingo (15/10), às 10h, a Rainhas do Radiador, de São Paulo, leva “A Andarilha” para o Teatro Amazonas, pela Mostra Jurupari. Classificação livre.

O público vai conhecer a palhaça Rufina, interpretada pela atriz Aline Hernandes, que, ao encontrar uma sanfoneira, vivida por Ana Pessoa, decide fazer um show e revelar um universo peculiar, de memórias, sonhos e humanidades, cômico, trágico, sensível e fantástico. O espetáculo, com direção de Dagoberto Feliz, utiliza recursos circenses como acrobacia, magia cômica e malabares.

Às 16h tem o Grupo Jurubebas de Teatro, do Amazonas, com “Desassossego”, no Teatro da Instalação, na rua Frei José dos Inocentes, no Centro, pela Mostra Ednelza Sahdo.

A peça acontece em janeiro de 2021, durante a segunda onda da pandemia de Covid-19. Isolados em seus apartamentos, três personagens compartilham um recorte do cotidiano de confinamento, com múltiplas subjetividades em novas situações vinculadas ao distanciamento social.

Com direção geral de Felipe Maya Jatobá e direção de movimento de Lia Benacon, a montagem de 45 minutos, traz no elenco Raiana Prestes, Leandro Paz e Nicka.

Cerimônia de encerramento

O encerramento, às 19h, no Teatro Amazonas, conta com a Cia Vitória Régia, do Amazonas, convidada da edição. O grupo de teatro com direção do multiartista Nonato Tavares e mais de 40 anos de trajetória apresenta a obra “A Pequena Esperança”. A classificação é de 16 anos.

No palco, uma tragédia familiar obriga um homem a buscar refúgio em um lixão, onde é recebido por um grupo incomum de anfitriões. Nesta comunidade de excluídos, onde todos se reconhecem como iguais, apesar das diferenças, o novo inquilino dá a ideia de fundar uma república e tomar de vez o lixão para si.

A dramaturgia é de Geiber Teixeira, que também integra o elenco formado ainda por Agnaldo Martins, Ana Carolina Souza, ChiCOKAboco, Cleber Ferreira, Cybele Bentes, Daniely Peinado, Gabriel Mota, Isabela Lillo, Koia Refkalefsky, Socorro Papoula, Sthéfanny Azevedo e Tainá Andes.

O Festival de Teatro da Amazônia é viabilizado, pela primeira vez, pela Lei Federal de Incentivo à Cultura via Ministério da Cultura – Governo Federal: União e Reconstrução, apresentado pelo Nubank e organizado pela Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), com apoio da Weg, do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e da Prefeitura de Manaus via Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).