“Se agarra a narrativas para sobreviver parasitando”, diz Lucas Bove sobre Cíntia Chagas e decreto de prisão
Brasil – O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) rompeu o silêncio nas redes sociais nesta sexta-feira (24), horas após o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pedir sua prisão preventiva por supostas agressões contra a ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas. Em uma série de postagens detalhadas, Bove classifica o caso como “vingança pessoal” e acusa uma “militância feminista aparelhada” no poder público e na mídia de ignorar provas técnicas para sustentar uma narrativa única. “Quem lacra, já não lucra. Perde seguidores, perde o ‘hype’ e precisa se agarrar a narrativas para sobreviver parasitando”, escreveu o parlamentar.
O caso
O imbróglio começou com a separação do casal, que durou pouco mais de um ano. Cíntia Chagas denunciou Bove por agressão física, verbal e psicológica. A Delegacia da Mulher de São Paulo afastou por completo as acusações de violência física, mas indiciou o deputado por “violência psicológica”.
O que chama atenção, segundo Bove, é a existência de um laudo oficial do Instituto Médico-Legal de São Paulo (IMESC) – além de declarações da própria denunciante – atestando ausência de dano psicológico. “A delegada ignorou o documento assinado por profissional isento”, afirma o deputado.
Na quinta-feira (23), a promotora da Vara da Mulher endossou o pedido de prisão preventiva feito pela defesa de Chagas. Curiosamente, a imprensa noticiou a decisão antes mesmo de Bove ser oficialmente comunicado. “A outra parte continua falando publicamente, mesmo sob segredo de justiça e com medida cautelar que a proíbe. E nada acontece”, destacou.
A resposta de Cíntia Chagas
A influenciadora mineira contra-atacou em suas redes:
“Trata-se de um homem público, e é moralmente inaceitável que agressores de mulheres permaneçam investidos em funções de poder. A violência contra a mulher não se circunscreve à esfera privada: constitui crime e afronta à dignidade humana. Que a lei siga o seu curso e que, como sempre, a verdade prevaleça. A todas as mulheres que enfrentam a violência, deixo uma mensagem: não se calem. O silêncio protege o agressor.”
Bove: “Vergonha em nome das vítimas reais”
Em tom de desabafo, o deputado diz sentir “vergonha” pelas milhares de mulheres que sofrem violência de fato e hesitam em denunciar por medo de descrédito.
“Se você for mulher: não precisa cumprir as regras impostas pela Justiça; sua palavra vale mais do que suas ações, do que seu histórico e até do que um documento oficial assinado por um profissional devidamente qualificado e isento”, escreveu.
Ele ainda citou o colunista Ricardo Feltrin, que classificou o episódio como “aparelhamento misândrico” entre promotoria e imprensa:
“A promotora pediu a prisão por dois ‘crimes’ que a perícia judicial disse que NÃO ACONTECERAM. A repórter que fez a matéria é militante feminista..”
O contraponto político
Bove aproveitou para criticar o que chama de “versão moderna do feminismo”:
“Nunca fez nada pelas mulheres e busca cooptá-las para o progressismo com a consequente destruição do conservadorismo, chancelando comportamentos vulgares, pseudo-defendendo pautas que todos obviamente defendem e pregando igualdade quando na verdade buscam privilégios para o sexo.”
O parlamentar finalizou com otimismo:
“Estou em paz. Confio na Justiça e tenho fé de que a juíza será justa ao analisar o pedido de prisão e a única narrativa que permaneceu de pé (violência psicológica). […] Esta é a oportunidade de provarem que sua luta é realmente séria.”










