O último “boa noite”: William Bonner se despede do Jornal Nacional após 29 anos
Brasil – Uma era chega ao fim nesta sexta-feira (31). Após 29 anos à frente do Jornal Nacional, William Bonner se despede da bancada do principal telejornal do país. Ao lado de Renata Vasconcellos, o jornalista comandará a edição especial de despedida e apresentará oficialmente seu sucessor: César Tralli, que assume o posto a partir de segunda-feira (3), marcando uma nova fase no jornalismo da TV Globo.
A mudança integra a reestruturação dos telejornais da emissora. Na mesma semana, outras trocas de apresentadores movimentam a redação: Roberto Kovalick entrega o comando do Hora 1 a Tiago Scheuer e assume o Jornal Hoje no lugar de Tralli.
Quase três décadas de história
Bonner estreou no Jornal Nacional em 1º de abril de 1996, ao lado de Lilian Witte Fibe. Pouco depois, formou uma das duplas mais emblemáticas da TV brasileira com Fátima Bernardes — parceria profissional e conjugal que marcou uma geração. Desde então, o jornalista esteve à frente das principais coberturas que moldaram o noticiário nacional e internacional.
Sob seu comando, o JN relatou momentos históricos, como os atentados de 11 de setembro de 2001, a morte do Papa João Paulo II em 2005, a tragédia da TAM em 2007 e, mais recentemente, a pandemia de Covid-19, em 2020. Em 2011, representou o Brasil ao receber o Emmy Internacional pela cobertura da ocupação do Complexo do Alemão.
O legado de uma voz de confiança
Reconhecido pela sobriedade e credibilidade, Bonner se tornou um dos rostos mais familiares da televisão brasileira. Sua despedida encerra o ciclo iniciado em 1996 e reforça o simbolismo do Jornal Nacional como referência de informação e seriedade.
“William é parte da história da TV e do país. Sua trajetória se confunde com a evolução do telejornalismo brasileiro”, afirmou um comunicado interno da Globo.
O que vem a seguir
Embora deixe a bancada, Bonner seguirá na emissora. A partir de 2026, ele deve assumir o comando do Globo Repórter e participar de novos projetos voltados a reportagens especiais e documentários.
Com César Tralli ao lado de Renata Vasconcellos, o Jornal Nacional inicia uma nova etapa — e Bonner encerra sua, deixando como herança quase três décadas de informação, confiança e a tradicional despedida que marcou gerações: “Boa noite.”




