Luiz Bacci detona Luciano Huck: “o povo não aguenta mais gente defendendo bandido”; veja vídeo
Brasil – O debate em torno da recente megaoperação policial em comunidades do Rio de Janeiro escalou, opondo duas das maiores figuras da televisão brasileira. O apresentador Luiz Bacci, atualmente no SBT, publicou um vídeo de resposta direta a Luciano Huck, da Globo, que havia criticado a ação policial. Bacci defendeu veementemente a operação, rejeitou o que chamou de “romantização do crime” e fez uma declaração contundente: “Até agora só tem bandido, entenda Luciano Huck. É só bandido, só vagabundo, só assassino, só traficante que morreu”.
A polêmica começou quando Luciano Huck lamentou as mortes na operação, focando no luto das famílias. Em seu vídeo, Huck mencionou “120 mortos” e “120 mães que enterraram seus filhos”. Bacci, que revelou ter tido um comentário apagado da postagem de Huck, contrapôs essa perspectiva.
“Eu não vou romantizar o crime e nem o sofrimento das mães desses traficantes”, afirmou Bacci. “Eu prefiro ficar do lado das mães dos inocentes que choram até hoje por terem perdido seus filhos nas mãos da facção”.
O apresentador do SBT insistiu que a narrativa sobre a operação está distorcida e que não há vítimas inocentes entre os mortos. “Até agora não tem nenhum inocente. Outro deputado disse que tinham quatro meninos inocentes, balela”, declarou. “É só bandido que morreu. Para que está feio! O povo não aguenta mais gente defendendo bandido. Essa narrativa ficou para o passado”.
Bacci também direcionou críticas pessoais a Luciano Huck, acusando seu discurso de prejudicar o trabalho policial e de ser hipócrita.
“Esse seu tipo de discurso de palhaço, de palhaçada serve, na verdade, para tentar intimidar a polícia a entrar no morro”, disparou Bacci. “Fácil falar da sua casa, do alto do Joá, cercado de seguranças e de blindados. Nunca pôs o pé em uma favela para conhecer a realidade”.
A megaoperação, que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais, gerou reações diversas. Além de Huck, a atriz Bruna Marquezine classificou a ação como “massacre”, e o rapper Oruam, filho de Marcinho VP, chamou de “chacina”.
Dados oficiais, no entanto, trazem outro contexto. Segundo o g1, dos 117 moradores mortos e identificados, 97 tinham acusações formais de tráfico ou assassinato, e 59 deles eram ativamente procurados pela Justiça.
