Arthur Petry critica Primo Rico por usar bebê internada em Marketing Digital: “surreal”; veja vídeo
Brasil – O comunicador Arthur Petry, à frente do Arthur Petry Rádio Show, desferiu uma crítica contundente contra o empresário de finanças Tiago Nigro, o “Primo Rico”, após a divulgação do vídeo de resposta de Nigro sobre o polêmico lançamento do seu curso. O alvo principal da indignação de Petry não foi o método de vendas em si, mas o uso de imagens de sua filha recém-nascida, Eloa, internada na UTI, emoldurando uma chamada de vendas.
Para Petry, a estratégia, que ele classificou como “surreal” e “diabólica”, representa a destruição de “qualquer senso de civilidade, de humanidade” no marketing digital.
A “Manipulação Científica”
A análise de Petry começou focando nos métodos do lançamento. Ele criticou o marketing que vende o lançamento e não o produto, chamando a atenção para a opacidade do que realmente estava sendo ofertado.
A primeira grande polêmica abordada foi a tática de cobrar R$50 por um desconto de R$500 em um curso de valor desconhecido. Ao se defender no vídeo, Primo Rico explicou que essa tática se baseia no “commitment bias” (viés de comprometimento), um conceito da psicologia cognitiva que condiciona o cliente a comprar após um pequeno investimento inicial. Petry condenou a justificativa, dizendo que Nigro estava apenas “explicando a manipulação” de maneira “científica”, como um “vilão do filme revelando o seu plano”.
A Criança Prensada entre Vendas
O ponto de inflexão e maior revolta de Arthur Petry foi o que ele chamou de “uso” da filha recém-nascida de Tiago Nigro.
Em seu vídeo de resposta, Primo Rico menciona que, devido aos problemas e concorrência no lançamento, ele e sua equipe cogitaram usar o nascimento da filha como “justificativa perfeita” para adiar a live, mas ele teria tido uma “conversinha ali com Deus” e decidido não usar a criança como estratégia de marketing.
No entanto, Petry destaca a hipocrisia do ato final:
“No meio, o cara falou: ‘Eu conversei com Deus e Deus me disse para não usar minha filha como marketing.’ E no final, você prensou sua filha entubada entre duas chamadas de venda.”
Após uma nova chamada para a compra do curso, o vídeo de Nigro exibe fotos e vídeos da bebê Eloa na UTI, intubada, e a narrativa é usada para justificar, desta vez com uma intervenção divina, o porquê da live ter ocorrido na data que ocorreu.
Petry demonstrou profunda angústia com a cena, questionando a moralidade da exposição: “Eu vou expor essa bebê logo depois de uma chamada de vendas. Cara, isso para mim é, sei lá, é surreal”. Ele argumentou que momentos tão íntimos e sensíveis deveriam ser mantidos em sigilo: “Vive pelo menos isso em secreto. Só uma coisa, só uma”.
A crítica de Arthur Petry encerrou-se com uma condenação definitiva da prática, que, segundo ele, coloca o lucro acima de qualquer valor humano.


