Médicas e enfermeiras Venezuelanas vem para o Brasil para se prostituírem por apenas R$ 200,00

Orlando Martinez, de 38 anos, gastou três dias de viagem de sua comunidade indígena na Venezuela até Boa Vista. Ao lado de filho, mulher, nora, neto e mãe, dorme numa barraca de bananas. Durante o dia, vende bolsas, redes e outros artesanatos em semáforos.
— Vou ficar até vender tudo e juntar dinheiro para comprar arroz e açúcar. Aí, voltamos para casa — conta Orlando.
Também na região da Feira do Passarão, jovens se prostituem em plena luz do dia.
— Cheguei no Brasil há 4 meses. Queria emprego, não consegui e comecei a fazer programas — conta a morena de 22 anos, que se apresenta como Ângela.
A jovem diz que trabalhava no Aeroporto de Caracas antes de mudar para o Brasil:
— As garotas têm profissão. São enfermeiras, médicas. Na Venezuela, não há dinheiro. As pessoas se matam por comida.
Ela diz fazer entre dois e três programas por dia. O preço varia entre R$ 70 e R$ 200, a depender do tempo de duração.
— A gente não tinha em Boa Vista mulheres se prostituindo nas ruas. O cálculo é que existem 30 mil venezuelanos na cidade.
Para tentar conter a chegada de venezuelanos a Boa Vista, há duas semanas o governo de Roraima montou uma barreira de cadastramento de imigrantes na saída de Pacaraima.
— Acho que a PF (Polícia Federal) teria que ser mais rigorosa no controle da entrada do país — afirma a governadora Suely Campos (PP).
Até outubro, a PF realizou 445 deportações de venezuelanos em situação irregular. No ano passado inteiro, foram apenas 45.
Fonte O Globo


