Marcelo Ramos apresenta Wilson Alecrim como apoiador de sua campanha um dos acusados de desviar de R$ 100 milhões da saúde
Marcelo Ramos (PR) firmou acordo com o responsável da contratação da empresa envolvida no desvio de mais de R$ 100 milhões da saúde.
Um escândalo de grandes proporções pode se abater sobre a candidatura de Marcelo Ramos (PR), dois dias depois de deflagra a operação da Polícia Federal, que desmontou um esquema que desviou mais de R$ 22 milhões da Saúde do Estado, Marcelo Ramos realizou reunião de campanha quinta-feira (23) e apresentou Wilson Alecrim como apoiador de sua candidatura.
Wilson Alecrim foi secretário de Saúde dos governos de Omar Aziz e José Melo, e responsável por contratar o Instituto Novo Caminhos que está envolvida no desvio de mais de R$ 100 milhões da saúde.
Ex-secretário e sócio-gerente do Hospital Santa Júlia denunciado esse ano pela MPF-AM
MPF-AM (Ministério Público Federal no Amazonas) denunciou à Justiça o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Wilson Duarte Alecrim, o sócio-gerente do Hospital Santa Júlia, Edson Sarkis Gonçalves, e ex-dirigentes sindicais de estabelecimentos de saúde no Estado por dispensa ilegal de licitação. Conforme o MPF, a contratação do Hospital Santa Júlia, iniciada em 2011, ocorreu por inexibilidade de licitação sob a falsa alegação de ser o único estabelecimento de saúde do Estado capaz de realizar cirurgias cardíacas em crianças. “A prestação do serviço se estendeu, por meio de aditivos e novas contratações por inexibilidade, até 2013. Os recursos destinados à contratação desse serviço são repassados à Secretaria de Estado da Saúde (Susam) pelo governo federal”, informou o MPF.
Bens bloqueados
Decisão judicial liminar obtida pelo MPF em ação de improbidade e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), mantém bloqueados bens e valores dos sócios do Hospital Santa Júlia desde 2015. O valor bloqueado totaliza R$ 12 milhões.
Na decisão liminar que bloqueou os bens dos envolvidos, a Justiça reconheceu a existência de “indícios muito fortes das irregularidades, no sentido de contratação irregular do Hospital Santa Júlia por inexigibilidade de licitação, com base nas Declarações de Exclusividade emitidas pelo Sinessam, assinadas por Mariano Brasil Terraza e Adriano da Silva Terrazas.