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Inea afirma que vai substituir ecobarreira do Canal da Barra

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RIO – Após o canal e a praia da Barra serem tomados por gigoias no fim de semana, a Secretaria de Estado do Ambiente informou nesta segunda-feira que não cabe mais a recuperação da ecobarreira da Lagoa da Tijuca, que está afundando. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), para sanar temporariamente o problema, ela será substituída pela antiga ecobarreira do Canal do Cunha, que foi substituída recentemente por uma mais robusta. O motivo para o reuso é a falta de verba para comprar uma nova, explica o Inea.

“A SEA reforça que, em virtude das legítimas intervenções do Ministério Público, que acabaram por atrasar em um ano e meio o início das obras, o orçamento previsto para as intervenções no Complexo Lagunar da Barra, com o passar do tempo, foi impactado. Neste período adveio a crise econômica e a realidade agora é outra”, afirma, em nota o Inea, que acrescenta:

“A secretaria está fazendo um grande esforço orçamentário, mesmo diante da crise, buscando realizar o que estamos chamando de primeira fase da obra, que é a execução da ampliação do molhe – estrutura costeira feita por pedras e blocos de concreto – na embocadura do Canal da Joatinga. Esta intervenção vai facilitar uma troca maior de água entre a lagoa e o mar, melhorando a balneabilidade da praia. O projeto será feito de forma que essa troca se dirija mais para o alto mar, favorecendo a qualidade da água na região. Além disso, está em curso a instalação de cercas, limpeza dos manguezais e plantio de 30 mil mudas de mangue para recuperação e proteção da faixa marginal das lagoas de Camorim e Tijuca, na Barra da Tijuca”.

Nesta segunda, a corrente marinha acabou levando as gigoias do mar de volta em direção à lagoa. Com isso, elas estão concentradas no Canal de Marependi e na Lagoa da Tijuca, o que prejudica a locomoção das chalanas que transportam moradores da ilha de Gigoia. Barqueiros reclamam da vegetação que danifica os motores. A Comlurb permanece fazendo a retirada das gigoias da Praia da Barra, mas ainda não pesou o material retirado nesta segunda. No domingo, uma equipe do órgão retirou cerca de dez toneladas de algas da região, na altura do Quebra-Mar.

A três meses das Olimpíadas, a região da Barra vem sofrendo com a poluição de seu complexo lagunar, cuja limpeza fazia parte do caderno de encargos dos Jogos. As gigogas se proliferam rapidamente em águas com níveis elevados de contaminação por esgoto. O anúncio da realização do maior evento esportivo do mundo veio com a promessa de recuperação do ecossistema da região da Barra. Mas, agora, autoridades admitem que promessas relacionadas ao legado ambiental das Olimpíadas não serão cumpridas.


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