Tentativa de boicote: energia vai ‘embora misteriosamente’ durante protesto da Virada Feminina do AM contra vereadora Betinha em Borba
Amazonas – O protesto que tomou conta da frente da Câmara Municipal de Borba, na noite desta segunda-feira (6), foi marcado por um episódio misterioso: em meio aos discursos e gritos de “Fora, Betinha!”, a energia elétrica foi interrompida exatamente no trecho onde se concentravam as manifestantes. A queda repentina da luz, interpretada como uma tentativa de boicote, não intimidou o grupo liderado pela Virada Feminina do Amazonas, que manteve o ato aceso — literalmente — com lanternas e celulares iluminando a escuridão.
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Mesmo sem energia, as vozes das mulheres ecoaram com ainda mais força em repúdio à vereadora Elizabeth Maciel, conhecida como Betinha (Republicanos). A parlamentar gerou revolta ao declarar, durante sessão na Câmara, ser “a favor da violência contra a mulher”. As manifestantes exigem a cassação imediata do mandato da vereadora, cuja fala foi amplamente repudiada por entidades, lideranças femininas e pela população local.
À frente do movimento estava Cileide Moussallem, presidente da Virada Feminina no Amazonas, que vem articulando mobilizações em defesa dos direitos das mulheres em todo o estado. A manifestação contou também com a presença da advogada Adriane Magalhães, reconhecida por sua atuação em causas feministas, da vice-presidente da Virada, Mara Lima, além de lideranças locais.
Durante o ato, Cileide discursou pedindo providências urgentes do Legislativo municipal: “Bater em mulher é covardia sim! E quem incita a violência e sobe na tribuna pra mandar bater em mulher, está agredindo todas nós. Isso não pode ficar impune!”, afirmou.
A advogada Adriane Magalhães destacou a importância da mobilização e fez questão de exaltar o papel de Cileide: “Se hoje eu estou aqui, se a Mara tá aqui, é por causa dessa mulher! Cileide Moussallem! Ela não é política, não pretende ser política, mas trabalha em prol das mulheres porque ela ama isso.”
Betinha é conhecida por acumular episódios polêmicos, incluindo uma briga física com outra vereadora em 2012.
Apesar das tentativas de intimidação e do apagão repentino, a manifestação terminou de forma pacífica — com aplausos, luzes de celulares e a promessa de que a luta das mulheres de Borba continuará até que a vereadora responda por suas declarações.
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