Seca extrema no Amazonas impacta nas aulas em comunidades ribeirinhas
Amazonas – A estiagem atípica no Amazonas está causando consequências alarmantes, afetando mais de 584 mil pessoas e comprometendo serviços básicos, incluindo a educação.
Antônia Madalena Rodrigues, professora da Comunidade do Tumbira na RDS do Rio Negro, descreve que essa é a pior seca que já presenciou. O acesso tradicional às escolas via embarcações foi interrompido devido ao baixo nível das águas, fazendo com que os alunos percorram trajetos extensos e desafiadores para chegar ao ambiente escolar.
A Secretaria de Educação do Amazonas estima que mais de 5,5 mil alunos em comunidades ribeirinhas foram afetados. Em resposta, algumas comunidades adotaram aulas remotas e híbridas.
Nove Núcleos de Inovação e Educação para Desenvolvimento Sustentável (Nieds) da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que apoiam cerca de 850 estudantes em mais de 100 comunidades, também foram afetados. A seca limitou o acesso a recursos básicos, e muitos alunos que não conseguiram retornar às suas comunidades ficaram alojados nos núcleos.
A FAS está liderando a Aliança Amazônia Clima, buscando doações para ajudar as comunidades mais atingidas. A sede da FAS, situada no bairro Parque Dez em Manaus, está aberta para receber contribuições. Além disso, doações financeiras são aceitas via chave PIX e através de seu website.
Os Nieds são espaços florestais que fornecem políticas públicas para a Amazônia profunda, disponibilizando educação de qualidade, conectividade, telessaúde, e cursos de qualificação. Esses núcleos também abrangem projetos que incentivam o empreendedorismo jovem e as artes.
A FAS é uma organização sem fins lucrativos que trabalha pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Através de diversos programas, busca valorizar a floresta em pé e melhorar a qualidade de vida dos habitantes da região. Em 2023, a FAS celebra 15 anos de operação, tendo contribuído significativamente para o aumento da renda das famílias e para a redução do desmatamento.



