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Salão Belle Femme cita juiz envolvido em corrupção afastado pelo CNJ e cobra o governador Wilson Lima

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Salão Belle Femme cita juiz envolvido em corrupção afastado pelo CNJ e cobra o governador Wilson Lima

Manaus – O salão de beleza Belle Femme, conhecido por ter sido administrado pela família da influenciadora Djidja Cardoso, voltou ao centro das atenções nesta quarta-feira (29) após publicar uma nota pública de repúdio nas redes sociais. O comunicado, que rapidamente ganhou força entre internautas, marca o governador Wilson Lima e cobra transparência do Estado nas investigações conduzidas pela Polícia Civil do Amazonas.

Na manifestação, os representantes do Belle Femme afirmam que há falhas graves na condução do inquérito, apontando o desaparecimento de celulares apreendidos durante as buscas e que seriam, segundo a defesa, provas fundamentais para esclarecer os fatos. Eles denunciam ainda que agentes desligaram as câmeras de segurança do salão no momento da operação — algo que, conforme o texto, compromete a integridade das investigações e levanta suspeitas de manipulação de provas.

O comunicado também faz referência direta ao juiz Celso Souza de Paula, que teve o nome envolvido em casos de corrupção e irregularidades e foi afastado de suas funções pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Belle Femme critica a atuação do magistrado, que, segundo o texto, autorizou o avanço do processo sem laudos periciais essenciais e tomou decisões consideradas parciais e precipitadas.

“Mais tarde, o mesmo juiz foi punido por condutas irregulares, e a sentença do nosso caso acabou anulada. Isso mostra que fomos vítimas de uma série de injustiças que agora precisam vir à tona”, diz o comunicado.

O CNJ confirmou na terça-feira (28) a punição de Celso Souza de Paula, destacando que o magistrado concedeu benefícios ilegais a criminosos de alta periculosidade, contrariando pareceres do Ministério Público. Dois dos detentos beneficiados seguem foragidos desde 2020. Essa não é a primeira vez que o juiz é punido — em 2019, ele já havia sido aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça do Amazonas por interferência indevida em decisões de outros magistrados.

Para os advogados da família Cardoso, o caso é um retrato da fragilidade institucional e da falta de controle dentro da Justiça e da Polícia Civil. “O Estado falhou com cidadãos inocentes. A acusação foi construída em cima de versões, não de provas concretas”, afirmou a defesa, classificando o processo como um ‘escândalo judicial e humano’.

O Belle Femme também reforça que, durante as buscas, nenhum indício de tráfico, armas, drogas ou movimentações financeiras suspeitas foi encontrado. Ainda assim, os envolvidos foram expostos e condenados publicamente, sem que houvesse respaldo técnico ou jurídico para as acusações.

O texto encerra com um tom de resistência:

“Seguimos de pé, com fé, coragem e verdade. Não vamos nos calar diante da injustiça.”

Nas redes, a publicação recebeu centenas de comentários de apoio e reacendeu o debate sobre abusos em operações policiais e falhas na Justiça do Amazonas. O governo estadual, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.



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