Rozenha promete tudo e entrega nada: Manaus fica de fora da Copa do Mundo Feminina 2027
Brasil – A FIFA anunciou nesta quarta-feira (7) as oito cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo Feminina de 2027, a primeira na América do Sul. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A ausência de Manaus nesta lista gerou profunda frustração entre os amazonenses, que acreditavam que o deputado estadual e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednailson Rozenha, pudesse cumprir com a palavra de priorizar o estado que o elegeu e de fortalecer o esporte na região.
O processo de seleção das cidades-sede, iniciado em agosto de 2024, envolveu visitas técnicas da FIFA a 12 candidatas, com avaliações rigorosas de infraestrutura e requisitos operacionais. Apesar de Manaus contar com a moderna Arena da Amazônia, que já sediou eventos internacionais, a cidade foi excluída. A FIFA justificou a escolha das oito sedes com base em critérios técnicos para garantir o sucesso do torneio e o crescimento do futebol feminino no Brasil. No entanto, para os amazonenses, a exclusão de Manaus reflete a falta de articulação de Rozenha, que, como vice-presidente da CBF, tinha o poder de defender a inclusão da capital, o que ajudaria na economia local.
“A Arena da Amazônia tem mais show do que jogo por falta de articulação dos nossos representantes”, disse um internauta no Instagram. Outro disse que Rozenha está apenas preocupado com o próprio bolso: “Ele ganha muito bem e não tá nem aí pro lazer do povo ou para economia do Estado”.
Salários
Enquanto representa o povo na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Rozenha recebe um salário de R$ 46.366,20 por mês, mas como ele também preside a Federação Amazonense de Futebol (FAF), de quebra fatura mais R$ 215 mil mensais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Isso sem falar nos lucros de seu império comercial, a rede Sapatinho de Luxo, que ele comanda como empresário. Somando apenas os valores fixos de Aleam e CBF, Rozenha garante R$ 261.366,20 por mês.
Prejuízo ao Amazonas FC
Além da exclusão de Manaus, Rozenha enfrenta críticas por sua atuação em outros problemas do futebol amazonense. O Amazonas FC, principal clube do estado na Série B, tem sofrido com decisões arbitrais controversas em jogos fora de casa.
Como vice-presidente da CBF, cargo que assumiu em março de 2025, Rozenha tem influência sobre a nomeação de árbitros e o uso do VAR, para coibir injustiças, mas os torcedores apontam seu silêncio diante dos prejuízos ao clube. A CBF, sob a gestão de Ednaldo Rodrigues, é responsável por fiscalizar a arbitragem, o que coloca Rozenha no centro das cobranças por transparência e justiça.
A revolta dos amazonenses reflete a percepção de que Rozenha, apesar de sua proximidade com a cúpula do futebol brasileiro, não entrega resultados concretos para o estado. A ausência de Manaus na Copa do Mundo Feminina 2027, que poderia ter projetado o Amazonas globalmente, intensifica o sentimento de abandono.



