R$271 milhões com faxinas: MPAM abre inquérito contra a Seduc após suspeita de superfaturamento em contratos
Amazonas – O Ministério Público do Amazonas instaurou um inquérito civil para investigar supostas irregularidades nos contratos de limpeza das escolas estaduais, pagos pela Seduc sem licitação e sem cobertura contratual.
A apuração tem como foco a empresa Pri Apoio Administrativo e Operacional Ltda., hoje registrada como Potencial Serviços Terceirizados. Segundo o MP, há indícios de que a Secretaria de Educação realizou pagamentos indenizatórios para manter o serviço ativo, mesmo sem contratos vigentes.
A promotora Cley Barbosa Martins, da 13ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, determinou a conversão do procedimento em inquérito e solicitou à Seduc cópias de contratos emergenciais firmados entre agosto de 2025 e janeiro de 2026, além de informações sobre os critérios que levaram à escolha da empresa.
Entre 2021 e 2025, a Pri/Potencial teria recebido mais de R$ 271 milhões em contratos de limpeza escolar, incluindo um acordo suspenso por suspeita de superfaturamento e posteriormente retomado. O MP quer esclarecer os pagamentos realizados e avaliar eventual responsabilização de gestores e representantes da empresa.
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