Mototaxistas realizam cortejo na Ponta Negra em despedida ao colega assassinado durante corrida em Manaus; veja vídeo
Manaus – Centenas de mototaxistas se reuniram na tarde desta sexta-feira (17/10) para prestar uma última homenagem a Alissandro Barroso, de 35 anos, encontrado morto na madrugada de quinta-feira (16) em um ramal no bairro Tarumã, zona oeste da capital. O cortejo, formado por dezenas de motos, partiu da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Compensa, em direção ao cemitério Parque Tarumã, onde o corpo foi sepultado sob forte comoção.
A morte brutal do mototaxista, assassinado com duas facadas no pescoço enquanto trabalhava, chocou a categoria e a comunidade local. De acordo com o delegado Fábio Silva, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o caso é investigado como latrocínio — roubo seguido de morte.
“Pelo que está caracterizado, foi um latrocínio. O mototáxi pegou uma corrida para essa área do Tarumã, e a partir do GPS conseguimos verificar todo o trajeto. O corpo foi encontrado com duas perfurações e a motocicleta já foi localizada em outro ponto”, explicou o delegado.
Segundo ele, colegas da vítima foram fundamentais na localização do corpo, após perceberem que Alissandro não havia finalizado uma corrida iniciada no fim da tarde de quarta-feira (15). “Eles são muito unidos. Sempre informam quando pegam e quando encerram uma corrida. Quando viram que ele não deu retorno, começaram as buscas com o localizador até encontrarem o corpo”, relatou Silva.
O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi anemia aguda traumática causada por lesões de grandes vasos cervicais provocadas por golpes de faca. O celular, documentos e outros pertences da vítima foram levados.
Durante o velório, familiares e amigos lamentaram a perda de um homem descrito como trabalhador e dedicado. A sobrinha, Lane Barroso, emocionada, pediu justiça:
“Meu tio saiu para trabalhar, para sustentar os filhos. Ele não merecia morrer dessa forma. A gente só quer que quem fez isso pague pelo que fez.”
Alissandro deixa três filhos pequenos, que agora enfrentam a dor da ausência do pai. A comunidade, os colegas de profissão e familiares esperam que a Polícia Civil consiga rapidamente identificar e prender os responsáveis por mais esse crime que enlutou os trabalhadores do transporte por aplicativo em Manaus.