Mortes no trânsito em Manaus acendem alerta sobre imprudência; especialista destaca importância da educação ao dirigir
Amazonas – O crescente número de mortes no trânsito em Manaus tem preocupado autoridades e especialistas da área. As estatísticas mostram que, por trás da maioria dos acidentes fatais, há um fator comum: a imprudência humana.
Alta velocidade, uso de celular ao volante e desrespeito às leis de trânsito continuam sendo as principais causas de tragédias que poderiam ser evitadas.
Para o professor e especialista em trânsito, Mário Ricardo, a redução dos acidentes depende, antes de tudo, de uma mudança de comportamento.
Ele reforça que o trânsito é um espaço coletivo, onde cada atitude individual pode determinar a vida — ou a morte — de alguém.
“A maior parte dos acidentes não acontece por falta de sinalização ou estrutura, mas por falta de atenção e responsabilidade. As pessoas precisam entender que dirigir é um ato de convivência, de empatia e de respeito à vida”, destaca o professor.
Manaus registrou aumento de 1,77% nos acidentes de trânsito entre janeiro e agosto de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
No total, de janeiro a agosto, foram 10.759 ocorrências, 188 a mais que no mesmo período de 2024. Agosto foi o mês com maior número de acidentes, com 1.491 registros.
Mário Ricardo tem chamado atenção para o tema em suas palestras e ações educativas, especialmente por meio do projeto “O Preço da Imprudência”, que aborda de forma direta o impacto emocional, social e econômico causado pelos acidentes. A iniciativa busca conscientizar motoristas, motociclistas e pedestres sobre a importância da prudência e do foco ao volante.
“Basta um segundo de distração para mudar a vida de várias pessoas. O trânsito não perdoa descuido. A pressa, o uso do celular e a falta de empatia custam caro — custam vidas”, reforça Mário Ricardo, que há anos atua na formação e orientação de condutores em Manaus.
Os números reforçam a urgência do alerta: diariamente, colisões e atropelamentos continuam registrando vítimas nas ruas e avenidas da capital.
Para o especialista, campanhas pontuais são importantes, mas o que realmente muda a realidade é a consciência permanente de que cada um tem responsabilidade no trânsito.
“Mais do que leis e multas, o que salva vidas é o comportamento. Quando o motorista entende que o volante é uma arma em potencial, ele passa a dirigir com outra postura”, afirma.
Com linguagem acessível e exemplos reais, a palestra “O Preço da Imprudência” tem sido levada a escolas, empresas e instituições públicas, promovendo reflexão e atitudes responsáveis entre motoristas e futuros condutores.



