Manaus instala tampas de bueiro “anti-n0ia” feitas de plástico reciclado: mais segurança e menos prejuízo
Manaus – A capital amazonense começou a instalar novas tampas de bueiro “anti-noia”, feitas com plástico reciclado, como forma de combater o furto das antigas tampas metálicas e reduzir os custos de reposição. Além de ser uma solução sustentável, o material é 50% mais barato e não possui valor comercial, o que desestimula a ação de criminosos que costumam furtar as peças para revenda.
O projeto, desenvolvido pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman), é um projeto-piloto que já começou com a instalação de 50 unidades em pontos estratégicos da cidade, como as avenidas Jacira Reis (centro-sul), Silves (sul), Timbiras (norte) e Colina do Aleixo (leste).
As tampas ecológicas são fabricadas pela empresa SBS, localizada no Distrito das Microempresas de Manaus (Dimicro). O processo utiliza resíduos plásticos reciclados, transformando lixo que poderia poluir os igarapés da cidade em material de alta resistência, testado e aprovado após dois anos de desenvolvimento.
O acordo para a troca das tampas foi firmado entre a Ageman e a concessionária Águas de Manaus, por meio de um Termo de Ajuste Regulatório (TAR). Do valor de uma multa aplicada à empresa, R$ 20 mil foram revertidos para a compra das tampas ecológicas.
Segundo o presidente da Ageman, Elson Andrade, além de dificultar o furto, o uso das novas tampas contribui para o meio ambiente: “Esse material não tem valor no mercado paralelo, o que evita que sejam roubadas. E, ao mesmo tempo, dá um destino correto para o plástico que polui nossos igarapés”.
Somente nos primeiros cinco meses deste ano, a Águas de Manaus precisou substituir 300 tampas metálicas furtadas ou danificadas, gerando altos custos e colocando pedestres e motoristas em risco.
O diretor da concessionária, Pedro Augusto Freitas, destacou os benefícios: “É um avanço que melhora a segurança, protege o meio ambiente e aumenta a eficiência do nosso serviço”.
A expectativa é que, após o sucesso deste projeto-piloto, o modelo seja adotado também por outras secretarias, como a Seminf, e por empresas que prestam serviços na cidade, como concessionárias de telefonia e internet.
