Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Mãe clama por Justiça após bebê morrer por negligência no Hospital da Criança na Zona Sul de Manaus; veja vídeo

Compartilhe
Mãe clama por Justiça após bebê morrer por negligência no Hospital da Criança na Zona Sul de Manaus; veja vídeo

Manaus – O que deveria ser um atendimento de rotina em um pronto-socorro infantil transformou-se em uma tragédia irreparável para uma família manauara. Pedro Vitor, um bebê de apenas dois meses, faleceu em 22 de julho de 2024 após uma série de falhas no Hospital da Criança da Zona Sul de Manaus. Oito meses após a perda, a mãe do pequeno Pedro vem a público clamar por justiça e alertar outras famílias sobre os riscos de negligência em unidades públicas de saúde na gestão do Governador Wilson Lima.

Veja vídeo:

Pedro Vitor nasceu saudável em 13 de maio de 2024, no Hospital Santo Alberto, sob cuidados médicos regulares. Com todos os exames neonatais normais e acompanhamento pediátrico particular, o bebê não apresentava qualquer problema de saúde. No entanto, tudo mudou em 7 de julho, quando ele começou a sofrer cólicas intensas. Por volta das 23h, sem melhora apesar dos remédios caseiros, os pais decidiram levá-lo ao pronto-socorro público.

A família relata que, apesar da pouca idade do bebê – que completaria dois meses apenas em 13 de julho –, o atendimento demorou uma hora e meia. Durante a espera, Pedro ficou exposto a outras crianças doentes, em um ambiente propício à transmissão de vírus. Após ser medicado, o bebê voltou para casa, mas três dias depois apresentou sintomas gripais.

Em 10 de julho, exames confirmaram bronquiolite, uma infecção respiratória comum em recém-nascidos, mas extremamente traiçoeira por sua rápida evolução. Os pais, que mantinham rigorosos cuidados em casa – sem visitas ou saídas desnecessárias –, buscaram confirmação com o pediatra particular e seguiram o tratamento prescrito. Pedro respondia bem, até que, em 15 de julho, sofreu uma piora súbita: cansaço excessivo e dificuldade respiratória.

Novamente no Hospital da Criança da Zona Sul, a família recusou demoras e exigiu exames mais completos. Após análise de sangue, decidiram pela internação. Foi então que veio o choque: um médico informou que houve erro na medicação. Em vez da penicilina cristalina prescrita, Pedro recebeu penicilina benzatina (conhecida como Benzetacil), aplicada por via intravenosa em vez de intramuscular. Essa combinação é gravemente contraindicada, causando complicações cardíacas e pulmonares imediatas.

Os batimentos cardíacos do bebê chegaram a 190 por minuto, com os pulmões enchendo-se de fluido e dificuldade extrema para respirar. Apesar dos esforços da equipe, Pedro não resistiu e faleceu na UTI. A mãe, ao analisar o prontuário posteriormente, identificou múltiplas omissões: o estado grave do bebê foi ocultado da família desde a admissão na UTI, e casos semelhantes teriam ocorrido semanas antes com outras crianças.

“Não é acidente. Vidas continuam sendo perdidas assim, todos os dias”, desabafa a mãe em vídeo que viralizou nas redes sociais, pedindo que a história seja compartilhada para dar voz à dor da família. Ela enfatiza que a exposição pública serve como alerta para outras mães e cobrança por responsabilização.

O caso de Pedro Vitor expõe fragilidades recorrentes no sistema público de saúde infantil na gestão do Governador Wilson Lima: longas esperas, exposição a infecções hospitalares, erros em protocolos medicamentosos e falta de transparência. A bronquiolite, agravada possivelmente pela contaminação inicial no hospital, combinada ao erro fatal na administração do antibiótico, custou a vida de um bebê que tinha tudo para crescer saudável.

O significado do nome Pedro Vitor – “pedra, rochedo” e “aquele que vence através do pensamento” – reflete a força que a família busca agora na luta por justiça. Uma árvore da vida em homenagem ao bebê, com palavras como amor, carinho, fraternidade, paz, confiança e sonhos, simboliza o legado de alegria que ele deixou em apenas dois meses de vida.

Até o momento, não há informações públicas sobre investigações concluídas ou medidas tomadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) ou pelo Governo do Amazonas em relação ao caso específico. A família aguarda apuração rigorosa e responsabilização para que outras crianças não sofram o mesmo destino.

“Compartilhe. Dê voz a essa história. Porque justiça só acontece quando a gente não se cala”, finaliza a mãe. A dor de uma família se transforma em um apelo coletivo: até quando erros evitáveis ceifarão vidas inocentes nos hospitais públicos de Manaus?



Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais