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Justiça Federal determina desocupação do Aeroclube no Aeroporto de Flores em Manaus

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Justiça Federal determina desocupação do Aeroclube no Aeroporto de Flores em Manaus

Amazonas – A Justiça Federal determinou a desocupação imediata do Aeroclube do Amazonas (ACA), localizado dentro do Aeroporto de Flores, na Zona Centro-Sul de Manaus.

A decisão, assinada pelo juiz Ricardo Augusto de Castro e Sales, da 3ª Vara Federal Cível, foi tomada após uma ação movida pela Infraero, que reivindicou a posse integral do espaço.

De acordo com a sentença, o Aeroclube ocupa irregularmente a área pertencente à União, sob administração da Infraero, sem contrato de concessão válido e sem pagamento pelos terrenos utilizados.

A decisão rejeitou o pedido de usucapião apresentado pelo Aeroclube e fixou o prazo de cinco dias para a desocupação voluntária.

Em caso de descumprimento, a multa diária será de R$ 10 mil, com possibilidade de uso de força policial e arrombamento.

O Aeroclube do Amazonas atua há mais de 85 anos na formação de pilotos e profissionais da aviação civil na região.

A entidade afirma que sempre ocupou o espaço de forma legítima e contesta a decisão judicial, alegando que a ação da Infraero desconsidera a história e a importância da instituição para a aviação do Norte do país.

Em nota, a direção do Aeroclube disse ter sido “surpreendida” pela decisão e destacou que o despejo comprometerá as atividades de ensino e manutenção aeronáutica, além de afetar diretamente a formação de novos pilotos.

A instituição informou que deve recorrer da decisão.

Por outro lado, a Infraero, que assumiu oficialmente a gestão do Aeroporto de Flores em novembro de 2023, defende que a presença do Aeroclube impedia a reestruturação do aeródromo e representava risco à segurança operacional.

A estatal afirma ainda que o Aeroclube acumula dívidas superiores a R$ 439 mil referentes ao uso irregular das áreas públicas.

Segundo a Infraero, a retomada da posse total do aeroporto permitirá a modernização das operações e o cumprimento de normas federais de aviação, além de abrir espaço para novos projetos no local.

A possível saída do Aeroclube do Amazonas do Aeroporto de Flores gera preocupação entre pilotos e instrutores, que temem prejuízos à formação de novos profissionais e à manutenção de aeronaves de pequeno porte na capital amazonense.

O local é considerado estratégico por abrigar um dos poucos centros de treinamento e aviação civil do Norte do país.

Caso a decisão seja mantida, o Aeroclube precisará buscar uma nova área para continuar suas atividades — o que pode demandar investimentos e licenças adicionais.

Com o prazo judicial já em andamento, o Aeroclube deve apresentar recurso à Justiça Federal para tentar suspender a ordem de desocupação. Caso o pedido seja negado, a Infraero poderá requisitar apoio da Polícia Federal para garantir a execução da sentença.

Enquanto isso, alunos e instrutores aguardam definição sobre o futuro das aulas e das operações aéreas no aeródromo de Flores.



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