Idoso é colocado em saco de embalar cadáveres durante internação no Platão Araújo: “É desumano!!”; veja vídeo
Manaus – Um caso revoltante e que evidencia o estado crítico da saúde pública do Amazonas veio à tona nesta semana e gerou forte comoção. Um idoso de 84 anos, resgatado recentemente de uma situação de maus-tratos, foi levado ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, na Zona Leste de Manaus, onde deveria receber cuidados adequados. No entanto, o que a família encontrou foi um cenário de completo abandono e desumanidade por parte do sistema estadual de saúde.
Familiares do idoso procuraram a equipe do Portal e TV CM7 Brasil para denunciar o atendimento que classificam como “degradante e cruel”.
Segundo relatos de Raimundo, neto do paciente, o idoso está sendo tratado em condições precárias, com ausência de insumos básicos e profissionais que tratam os familiares e o próprio paciente com grosseria e descaso.
A situação mais chocante, registrada em vídeo e entregue à nossa equipe, mostra que a maca onde o idoso está internado foi forrada com um saco utilizado para o transporte de corpos, mesmo ele estando vivo e em tratamento. A imagem simboliza, para a família, o que classificam como o total abandono do Estado.
“É uma cena que eu nunca imaginei ver com o meu avô. Colocaram ele em cima de um saco usado para embalar gente morta. Isso é um absurdo, é desrespeitoso, é como se ele já estivesse condenado. Ele está vivo, está lutando. E a saúde pública do nosso Estado trata as pessoas assim?”, denunciou Raimundo.
Ainda segundo o neto, os profissionais que trabalham no hospital alegam constantemente a falta de materiais adequados para o atendimento, e quando questionados, respondem de forma ríspida. “A gente pergunta por que o atendimento está sendo feito desse jeito, e eles falam que não tem material, que isso é tudo o que tem. Mas como que um hospital daquele porte não tem uma maca ou um lençol limpo?”, questionou Raimundo.
A denúncia expõe mais uma vez o colapso da saúde pública no Amazonas, que segue acumulando denúncias de negligência, falta de estrutura e omissão do Governo do Estado.
O Platão Araújo, que deveria ser uma referência em atendimento de urgência e emergência, agora se torna símbolo de uma gestão que, segundo os familiares, trata os mais vulneráveis como invisíveis.
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