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Idosa que infartou há três dias espera leito em corredor do 28 de Agosto e família denuncia negligência; veja vídeo

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Idosa que infartou há três dias espera leito em corredor do 28 de Agosto e família denuncia negligência; veja vídeo

Manaus – Uma denúncia grave de negligência médica e estrutural nesta sexta-feira (27/6) abala o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, no Amazonas. Uma idosa de 52 anos, diagnosticada com infarto agudo do miocárdio, está internada há três dias em uma maca nos corredores, sem leito adequado, exposta a barulho, claridade e movimentação constante. A família, em desespero, acusa a unidade de falta de humanização e cobra respostas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que ainda não se manifestou.

A idosa chegou à unidade na segunda-feira (24) com fortes dores no peito e foi confirmada como vítima de infarto. Apesar do quadro crítico, ela permanece sem acesso a uma enfermaria ou unidade especializada. A filha, funcionária pública que pediu anonimato por medo de retaliações, relatou à equipe do CM7 Brasil a angústia da família. “Minha mãe não dorme há dias, está com dor, desconforto e exposta a tudo. Isso não é tratamento digno. Tenho medo de me expor, mas não posso mais ficar calada”, desabafou, visivelmente abalada.

Segundo ela, a paciente passou as primeiras horas em uma maca do SAMU e, posteriormente, foi transferida para uma poltrona de soro, onde passou duas noites. “Ela tem várias comorbidades, o rosto trêmulo, o braço dormente. Como leiga, acho que piorou. Pedi ajuda a conhecidos, mas nada resolve. Essa empresa terceirizada [AGIR] dificulta tudo”, criticou. A idosa, que chora e se mostra desesperada, ainda não foi levada a um hospital especializado, aumentando o risco à sua vida.

Revoltada, filha aponta politicagem

A situação ganhou um novo capítulo durante a entrevista ao CM7. Após a equipe de reportagem chegar ao local, a família foi informada de que um leito seria disponibilizado. “Surgiu como num passe de mágica. Isso é politicagem. Minha mãe pode ter um quadro irreversível por negligência. A vida humana não vale nada”, protestou a filha. Ela teme consequências no trabalho por denunciar o caso, mas afirma que recorrer à imprensa foi a última alternativa. “O hospital virou fachada. Só propaganda não salva vidas”, lamentou.

CM7 barrado e a voz da população

A equipe do CM7 Brasil, que acompanhava o caso ao vivo do lado de fora do hospital, foi impedida de gravar dentro da unidade. A área, agora considerada “privada” e administrada pela empresa AGIR, só permite acesso com autorização prévia, apesar de ser mantida com recursos públicos. “Estamos separados por uma mureta, tentando dar voz ao povo. A idosa está há três dias em uma poltrona, e isso é inaceitável”, destacou o repórter Thiago Quara.

Durante anos, o CM7 esteve dentro do complexo hospitalar, cobrindo a pandemia e reestruturações. Hoje, a restrição reflete um novo obstáculo para expor a realidade.



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