Homens são flagrados jogando lixo em via pública e ameaçando saúde da população em Manaus; veja vídeos

Manaus – Uma cena revoltante chamou atenção no bairro Santa Luzia, zona Sul de Manaus. Cerca de quatro pessoas foram flagradas descartando lixo de forma irregular na Avenida Lourenço da Silva Braga, despejando resíduos em uma área pública próxima a casas, comércios e vias de grande circulação. O local é passagem diária de moradores, pedestres e trabalhadores da região.

O descarte inadequado de lixo urbano não se resume a um problema estético. A prática representa um risco direto à saúde pública, já que o acúmulo de resíduos a céu aberto cria condições favoráveis para a proliferação de ratos, baratas, mosquitos e outros vetores de doenças como leptospirose, dengue, zika e chikungunya. Em áreas densamente povoadas, os impactos são imediatos e afetam principalmente crianças, idosos e pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

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Além dos danos à saúde, o descarte irregular é caracterizado como crime ambiental. A Lei Federal nº 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, prevê penalidades que incluem multas, apreensão de veículos utilizados no transporte dos resíduos, responsabilização administrativa e até penal, além da obrigação de reparar os danos causados ao meio ambiente. Trata-se de uma infração com consequências coletivas e duradouras.

O problema se agrava durante o período de chuvas intensas em Manaus. O lixo jogado em vias públicas acaba sendo levado pela água, obstruindo bueiros, bocas de lobo e galerias pluviais. Com o sistema de drenagem comprometido, aumentam os riscos de alagamentos, transtornos no trânsito e prejuízos diretos a moradores e comerciantes da região.

Parte desses resíduos também alcança os igarapés da cidade, intensificando a poluição dos cursos d’água. O acúmulo de lixo provoca assoreamento, reduz a capacidade de vazão e potencializa enchentes mais severas. Em áreas de encosta, esse cenário ainda eleva o risco de deslizamentos de terra, colocando vidas em perigo.

O descarte irregular de lixo alimenta um ciclo contínuo de degradação urbana: contamina o solo e a água, agrava problemas de saúde pública, aumenta os gastos do poder público com limpeza e drenagem e compromete a qualidade de vida da população. O enfrentamento desse crime depende de fiscalização, aplicação das penalidades previstas em lei e, sobretudo, da conscientização da população sobre a destinação correta dos resíduos.