Enfermeira divulga carta aberta e se diz arrependida de ter denunciado ex-apresentador do Curral do Boi por violência doméstica; veja
Manaus — Após semanas de silêncio e uma avalanche de repercussões, a enfermeira obstétrica Isabela Persilva, de 42 anos, decidiu se manifestar novamente sobre o episódio que mexeu com a opinião pública manauara. Ela publicou uma carta aberta nas redes sociais em que admite arrependimento por ter denunciado o ex-companheiro, o jornalista Marcos Sérgio, de 51 anos, por violência doméstica.
A carta, carregada de emoção e reflexões, foi acompanhada por uma foto do casamento dos dois — uma tentativa, talvez, de humanizar ainda mais a história ou mostrar que, apesar das dores, há também memórias que resistem. “Intensifiquei e aflorei as coisas de uma forma que, quando quis voltar atrás, fui abandonada por quem parecia ter me estendido a mão”, desabafou Isabela no texto.
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O caso veio à tona no início deste mês, quando Isabela usou o perfil profissional “@parteiraceleste” — onde acumula mais de 74 mil seguidores — para anunciar o fim da relação e relatar episódios de agressão física e psicológica que teriam marcado os quase dois anos de convivência com Marcos. A publicação viralizou, gerando comoção, apoio, mas também polêmicas.
No dia seguinte, acompanhada por uma advogada, ela formalizou a denúncia na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), em Manaus. Solicitou, inclusive, medidas protetivas, após alegar ter recebido ameaças não apenas do ex-companheiro, mas também de um familiar dele. Desde a denúncia inicial, o caso ganhou grande visibilidade, com manifestações públicas de solidariedade, incluindo o posicionamento do Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM). Na ocasião, a presidente do órgão, Maria Alex Sandra Lima, publicou um vídeo repudiando a violência sofrida por Isabela e colocando a entidade à disposição para prestar apoio institucional.
No entanto, dias depois, a enfermeira parece ter mudado de perspectiva. Em tom melancólico, questionou a dimensão que sua denúncia tomou: “BO, entrevistas que eu não queria dar, medida protetiva, processo… Que loucura. Mas até onde tinha necessidade de tudo isso?”, escreveu, deixando evidente o turbilhão emocional que atravessa.
Mais do que desabafar, Isabela também buscou reposicionar a narrativa. Fez questão de negar que tenha sido vítima de episódios extremos como espancamento ou cárcere privado, conforme rumores propagados. “Ele não me espancava ou me mantinha em cárcere privado como estão falando por aí. Não, ele não chegava embriagado diariamente em casa”, pontuou, ressaltando que, apesar das dificuldades, o casal viveu momentos de parceria e união, especialmente na criação dos cinco filhos que têm juntos.
A carta teve efeito imediato: enquanto alguns seguidores a acolheram, reconhecendo sua coragem e vulnerabilidade, outros criticaram o tom de arrependimento, alertando para os riscos de revitimização e para a banalização das denúncias de violência doméstica.
Transcrição da “carta”:
“CARTA ABERTA!
22:30 de um sábado, e eu estou aqui na minha cama pensando em como reparar os danos causados com tudo que aconteceu!
Exposição, visibilidade de forma negativa, danos emocionais irreparáveis! Na vida a gente comete tantos erros, alguns “concertáveis” e outros não!
Não estou aqui para falar do outro e sim sobre mim. Hoje, com mais clareza e calmaria, percebo o quão levada eu fui a ações que nem passavam pela minha cabeça. Problemas em relacionamentos são punks, e tive mais certeza disso após um turbilhão de mensagens que recebi no meu direct. Intensifiquei e aflorei as coisas de uma forma, que quando eu quis voltar atrás, fui abandonada por quem parecia ter me estendido a mão. BO, entrevistas que eu não queria dar, medida protetiva, processo…que loucura. Mas até onde tinha necessidade de tudo isso?
Meu relacionamento teve momentos difíceis , mas muitos outros de alegria, de parceria, fidelidade. Parcelas de culpa? Não vem ao caso. Mas preciso reparar meu dano e sei o quanto prejudiquei o Marcos com toda essa exposição. Ter a cara estampado em todos os portais e na televisão levou ele a um lugar que talvez ele precise lutar muito para sair! E não, ele não me espancava ou me mantinha em cárcere privado como estão falando por ai. Não, ele não chegava embriagado diariamente em casa. Pra falar a verdade nossos dias eram de uma luta diária para conseguir dar uma estabilidade para 5 de 6 filhos!
Tudo foi potencializado de uma forma, que ainda estou em busca de colocar minha cabeça no lugar! Mas para finalizar, só conseguirei ficar bem comigo mesma quando deixar isso claro, por isso aqui escrevo.”
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