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Dono do Rodrigues Colchões denuncia golpe que usa suposto indígena para roubar terreno em Manaus

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Dono do Rodrigues Colchões denuncia golpe que usa suposto indígena para roubar terreno em Manaus

Manaus – O proprietário da conhecida empresa Rodrigues Colchões está denunciando nesta quarta-feira (5/11) uma tentativa de golpe orquestrada para tomar um terreno de sua propriedade. Segundo o empresário, um grupo liderado por um homem chamado Anastácio Mariano de Lemos estaria usando indevidamente a etnia indígena para tentar, via judicial, roubar uma terra que foi comprada legalmente.

A empresa, pertencente ao empresário e proprietário da Rodrigues Colchões, afirma ter adquirido legalmente o terreno em 2022 da Construtora Amazônia/Etam, com a finalidade de instalar uma fábrica no local. O projeto, no entanto, não avançou após o imóvel ser identificado pela Prefeitura de Manaus como área pública.

Diante da impossibilidade de construir, a empresa afirma ter sido indenizada pela gestão municipal pelo valor venal do terreno.

Empresário denuncia golpe e uso indevido de identidade indígena

Após o encerramento da negociação com o Município, o empresário relata que passou a ser alvo de uma ação popular movida por Anastácio Mariano de Lemos, que se apresenta como integrante da comunidade indígena União dos Povos Kambeba e reivindica a posse da área, contestando a cadeia dominial da propriedade.

Em gravações enviadas à reportagem, o empresário acusa Anastácio de agir como invasor e tentar se apropriar do terreno de forma fraudulenta, utilizando a etnia indígena como justificativa:

“Esse cidadão está dizendo que é dono do terreno e que tem a cadeia dominial de onde eu comprei. A gente comprou de uma empresa séria, o grupo Etam. (…) Depois de tudo, esse rapaz entra com ação popular. Ele é invasor, posseiro, e está causando tudo isso.”

Segundo ele, o movimento seria parte de um esquema maior de falsos indígenas que, segundo sua versão, utilizam a identidade étnica para reivindicar áreas privadas e públicas com o objetivo de obter vantagens e domínio territorial.

A reportagem reforça que as afirmações são de responsabilidade do empresário, e a veracidade das acusações será apurada pela Justiça.

Comunidade Kambeba vai à Justiça e afirma ser legítima ocupante

Do outro lado do litígio, Anastácio Mariano de Lemos ingressou com Agravo de Instrumento no TJ-AM contestando decisão da 11ª Vara Cível de Manaus que determinou reintegração de posse em favor da empresa.

Representado pelo advogado Vangleys Vianna (OAB/AM 7.797), ele afirma ser legítimo ocupante e que o local se trata de território tradicional indígena. O pedido solicita efeito suspensivo para impedir a retirada do grupo até decisão final. O caso está registrado no processo nº 0534047-15.2024.8.04.0001.

Construtora confirma transação

A Construtora Amazônia Ltda., representada por Eládio Messias Cameli, confirmou em documentos anexados aos autos judiciais que realizou a venda do terreno à Rodrigues Colchões em 2022, reforçando que a operação ocorreu dentro da legalidade.

Caso segue na Justiça

O impasse agora aguarda decisão do TJ-AM, que deverá definir se há elementos que caracterizem ocupação tradicional indígena ou se trata de tentativa ilícita de apropriação da área, como alega o empresário.

A disputa expõe um debate sensível e crescente no Estado: o uso da identidade indígena como instrumento de proteção territorial legítima — ou, como denunciam empresários e autoridades em casos similares, como fachada para esquemas de invasão e fraude fundiária.



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