Caos e descaso na saúde pública: UPA José Rodrigues é denunciada por negligência no atendimento, em Manaus; veja vídeo
Manaus – Na noite desta terça-feira (26), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Rodrigues, localizada na Avenida Camapuã, zona norte de Manaus, foi palco de mais um episódio alarmante de negligência na saúde pública. Denúncias de superlotação, falta de medicamentos e atendimento precário mobilizaram a equipe do portal CM7 Brasil, que foi chamada pela própria população revoltada com a situação dentro e fora da unidade.
Ao chegarem ao local, os repórteres encontraram uma cena que escancara o abandono da saúde pública: uma mulher estava em frente à UPA, visivelmente em sofrimento, delirando de dor. Segundo os presentes, ela permaneceu por um longo período sem qualquer assistência médica. Foi somente com a chegada da imprensa que uma cadeira de rodas foi providenciada. Antes disso, nenhum profissional de saúde havia prestado socorro.
A indignação popular cresceu diante da omissão. Um homem relatou que sua esposa chegou à unidade convulsionando e também não recebeu atendimento adequado. Apenas com a presença da reportagem é que algo começou a ser feito. Esse padrão de inércia e reação apenas diante das câmeras foi criticado duramente por quem estava no local.
Outro ponto revoltante é a infraestrutura mínima da unidade. Populares informaram que a UPA José Rodrigues dispõe de apenas duas cadeiras de rodas para atender a alta demanda. Em um local destinado a atendimentos de urgência e emergência, a escassez de equipamentos básicos é um retrato cruel do desmonte da rede pública de saúde.
As denúncias não param por aí: falta de medicamentos, pacientes em estado grave sem atendimento e profissionais visivelmente sobrecarregados ou ausentes foram algumas das queixas feitas por quem aguardava por socorro. Moradores clamaram para que o Governo do Amazonas tome providências imediatas.
A situação na UPA José Rodrigues é mais do que um problema pontual. É sintoma de uma crise que se arrasta há anos no sistema público de saúde do Amazonas, onde a população, especialmente das zonas periféricas, continua pagando com dor, sofrimento e risco de morte pela ausência do Estado.
Confira reportagem: