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Mãe de Deusiane protesta após Justiça Militar absolver envolvidos no assassinato de sua filha: “isso é vergonhoso”

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Mãe de Deusiane protesta após Justiça Militar absolver envolvidos no assassinato de sua filha: “isso é vergonhoso”

Amazonas – Um sentimento de indignação tomou conta da família da policial militar Deusiane Pinheiro nesta segunda-feira (29), durante protesto em frente ao Fórum Ministro Henoch Reis, em Manaus, após a absolvição dos cinco militares acusados pelo assassinato da soldado em 2015. A decisão foi tomada pelo Conselho Permanente de Justiça Militar do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

O crime ocorreu em 1º de abril de 2015, na base flutuante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. Deusiane, de 26 anos na época, foi encontrada morta com marcas de disparo de arma de fogo. Desde o início, sua família contestou a versão oficial de suicídio, alegando que ela era vítima de perseguição e violência de um colega de farda.

Durante o julgamento, presidido pelo juiz Alcides Carvalho Vieira Filho, os réus Cosme Moura Sousa, Jairo Oliveira Gomes, Júlio Henrique da Silva Gama, Narcizio Guimarães Neto e Elson Santos de Brito foram absolvidos. Elson teve decisão dividida, com três votos pela absolvição e dois pela condenação, enquanto os outros quatro foram absolvidos por unanimidade. A absolvição se baseou nos artigos 205 e 346 do Código Penal Militar, e as defesas alegaram ausência de provas conclusivas nos laudos periciais.

Em frente ao fórum, a mãe de Deusiane, Antônia Assunção, não escondeu a revolta: “A absolvição dos assassinos da minha filha é vergonhosa. Cadê os direitos? O juiz que é concursado solicitou condenação, mas os comparsas de farda absolveram. Isso é humilhante.”

O caso chamou atenção pela complexidade e duração: dez anos após o crime, familiares e sociedade ainda aguardam justiça. Segundo a denúncia do Ministério Público do Amazonas, Elson Santos de Brito teria trocado o ferrolho da arma para dificultar a identificação balística, com a colaboração dos demais militares para sustentar a versão de suicídio.

A família de Deusiane informou que vai recorrer da decisão. O julgamento e a absolvição reacenderam o debate sobre violência de gênero, impunidade e a condução de processos envolvendo militares, sobretudo quando colegas de farda são réus em crimes graves.


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