GRAVE: Manaus completa 20 dias com população respirando fumaça e passando mal; veja vídeo
Manaus – A cidade de Manaus enfrenta mais uma vez uma situação preocupante com a volta de uma cortina de fumaça proveniente das queimadas na região metropolitana. Nesta segunda-feira (25), imagens exclusivas do Portal e TV CM7 Brasil revelam o cenário da mata envolvida em uma densa fumaceira no Cacau Pirerâ, em Iranduba, que pode novamente cobrir a capital Amazonense.
Os moradores alertam que, dependendo do sentido dos ventos, Manaus pode ficar coberta pela fumaça pela quarta vez em um intervalo de apenas 20 dias neste mês de setembro.
Veja vídeo:
Ocorrências
Tudo começou no dia 1 deste mês, quando uma cortina de fumaça ameaçava cobrir a cidade, deixando a população em estado crítico no dia 5 de setembro.
Desde então, Manaus enfrentou mais duas ocorrências, sendo uma delas em 15 de setembro, com foco de incêndio originado em Manacapuru, e a outra em 20 de setembro, em Iranduba.
Cenário no Interior do Amazonas
O Amazonas liderou o ranking de queimadas na Amazônia durante a última quinzena de agosto, com um total de 5.474 focos registrados, sendo 4.128 deles ocorridos nos últimos 16 dias. Esses números representam uma parte significativa dos focos de calor em toda a Amazônia Legal. O vento, que sopra de sul-sudeste para norte-noroeste em direção a Manaus, contribui para que a fumaça atinja a capital amazonense.
Embora o desmatamento na Amazônia brasileira tenha apresentado uma redução de 42,5% de janeiro a julho deste ano, os picos de focos de calor alcançaram níveis alarmantes em junho, com 3.075 focos, algo que não era visto há 16 anos. Em agosto, o Amazonas registrou uma diminuição de 32% nos focos de calor em comparação ao mesmo mês de 2022, totalizando 5.474 focos. No entanto, a situação atual é preocupante, especialmente com a chegada do El Niño, que deixa as florestas mais secas e suscetíveis a incêndios.
Governo do Amazonas Declara Estado de Emergência
Como resposta a essa grave situação, o governador Wilson Lima decretou, em 12 de setembro, emergência ambiental no Estado do Amazonas. O objetivo é minimizar os impactos do desmatamento ilegal e das queimadas em todo o estado. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro, tornando este o segundo pior mês de setembro desde 2021. No acumulado do ano, o estado contabiliza 11.736 queimadas.
O decreto de emergência ambiental engloba municípios como Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado, além de Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e a capital, Manaus, na Região Metropolitana de Manaus.
A situação de emergência ambiental terá vigência por 90 dias, com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) liderando a coordenação das estratégias para combater o desmatamento e as queimadas na região, em conjunto com outros órgãos. A população manauara aguarda ansiosamente por medidas eficazes para proteger a cidade e seu entorno dessa ameaça constante à saúde pública e ao meio ambiente.
