Governador Wilson Lima afirma que vai comprar vacina contra Covid-19, caso governo federal não forneça
O governador Wilson Lima afirmou, nesta terça-feira (29), que caso o governo federal não avance na obtenção de vacinas contra a Covid-19, o Amazonas comprará a medicação. Para a aquisição do medicamento, segundo Lima, existem R$ 150 milhões em recursos reservados para essa finalidade.
A expectativa é iniciar a vacinação na população no final de janeiro ou na primeira quinzena de fevereiro, começando com os grupos de risco e profissionais de saúde.
As medidas que o governador disse estar tomando para preparar o Amazonas para a vacinação foram explicadas em reunião com membros do colegiado do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), em Manaus. No encontro, além do governador, estavam presentes o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, e a diretora-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS-AM), Rosemary Costa Pinto. Pelo TCE, participaram o presidente do órgão, Mario de Mello, o ouvidor-geral do Tribunal, Érico Desterro, a conselheira Yara Lins dos Santos, e o procurador-geral de Contas, João Barroso.
O governador afirmou ainda que também está comprando insumos, como agulhas e ampolas, para se preparar para a vacinação no Amazonas.
A diretora-presidente da FVS-AM explicou aos conselheiros que câmaras frigoríficas serão locadas para acondicionar as vacinas que serão distribuídas aos amazonenses.
Recomendação da Defensoria
A reunião com o TCE aconteceu no mesmo dia em que a Defensoria Pública recomendou que o governo apresente um plano de vacinação contra a Covid-19. O órgão estipulou um prazo de 30 dias. Em caso de descumprimento, a defensoria informou que vai adotar medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.
A recomendação foi enviada nesta terça-feira (29), após a Defensoria analisar a resposta da Secretaria da Saúde a um ofício emitido no último dia 11 que questionava sobre o programa de vacinação. Ao responder a Defensoria, o governo não apresentou propriamente um plano de imobilização nem informou o emprego de medidas concretas e consistentes para implementação de um plano de vacinação.
Os defensores ainda elencaram pontos que devem constar no plano, como o detalhamento dos grupos prioritários, além da aquisição os insumos não disponibilizados pelo Ministério da Saúde e do material necessário ao armazenamento das vacinas.