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Gabinetes são lacrados em Presidente Figueiredo durante buscas da PF

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Gabinetes são lacrados em Presidente Figueiredo durante buscas da PF

Amazonas – Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob o comando do corregedor nacional Mauro Campbell, resultou no lacramento dos gabinetes do juiz Jean Pimentel, em Presidente Figueiredo, e do desembargador Elci Simões. A ação faz parte de uma investigação que apura um suposto esquema fraudulento envolvendo o juiz  e o desembargador, que foram afastados por decisão de Campbell nesta sexta-feira (21).

Eles são suspeitos de autorizar um pagamento que causou um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões à Eletrobras, valor que a empresa classificou como fruto de uma fraude e que foi devolvido por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Durante as buscas, os agentes da PF também o gabinete do juiz Pimentel e do desembargador Elci, impedindo a saída de funcionários enquanto realizavam a apreensão de materiais. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos, como celulares e notebooks, tanto dos magistrados quanto de servidores da vara, que terão seus conteúdos periciados.

A investigação aponta que Pimentel autorizou o pagamento em tempo recorde – menos de uma hora após o pedido dos advogados de Bruno Thomé, beneficiário do valor – com base em títulos de crédito dos anos 1970, cuja validade é questionada. Campbell classificou o caso como “estarrecedor”, destacando a falta de rigor na análise dos documentos e a escolha irregular do foro.

O desembargador Elci Simões, que inicialmente se opôs à decisão, acabou permitindo o prosseguimento do caso na primeira instância, o que agravou as suspeitas de irregularidades. Além dos equipamentos apreendidos, o acesso de Pimentel, Simões e dos servidores ao sistema judicial foi suspenso, e os gabinetes permanecerão lacrados até o avanço das investigações.

Thomé, que moveu a ação em 2021 e nasceu em 1985, defende a legalidade dos títulos, mas o corregedor apontou falhas graves nas decisões judiciais, chamando a conduta de Pimentel de “temerária” e a de Simões de “desprovida de cautela”.

O caso reacende debates sobre a necessidade de maior fiscalização em processos judiciais envolvendo quantias milionárias. Simões, que está próximo da aposentadoria, não se manifestou ao CNJ, enquanto Pimentel alegou ter agido dentro da lei, apesar de ter revogado sua decisão antes da intervenção do STJ – algo visto por Campbell como uma tentativa de corrigir o erro. Ambos têm cinco dias para apresentar defesa.

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