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Exclusivo: Instituto da Criança do Amazonas é acusado de cobrar R$ 1 mil por exames gratuitos do SUS; veja

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Amazonas – Na manhã desta sexta-feira (27), o Portal e TV CM7 Brasil recebeu uma denúncia exclusiva sobre um suposto esquema de cobrança ilegal dentro do Instituto da Criança do Amazonas (ICAM), em Manaus. Segundo informações repassadas pelo advogado Alexandre Barone, mães de pacientes estariam sendo coagidas a pagar até R$ 1 mil para agilizar a liberação de exames fundamentais para a realização de cirurgias em crianças internadas na unidade hospitalar.

A denúncia foi formalmente registrada no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e revela uma situação preocupante. De acordo com Barone, a prática estaria ocorrendo em meio a uma crise silenciosa dentro do hospital: o Governo do Amazonas estaria há meses com pagamentos atrasados ao laboratório responsável pela realização desses exames. Como consequência, diversos procedimentos estão sendo postergados indefinidamente, impactando diretamente a saúde e o bem-estar das crianças.

Foto: Thiago Quara/ CM7 Brasil.

Um dos casos que mais comove é o da pequena Sara, de apenas 3 anos, natural do município de Parintins. Ela está internada no ICAM há meses. Desde que deu entrada na unidade, o único procedimento realizado foi a implantação de uma bolsa de colostomia. O restante dos exames necessários para que ela possa passar por outras cirurgias segue travado — e, segundo a mãe da criança, foi nesse contexto de desespero que surgiu a oferta informal para “acelerar” o processo mediante o pagamento de mil reais.

“É desumano. Essas mães já estão em situação de sofrimento extremo e ainda enfrentam essa pressão emocional e financeira. Estamos falando de crianças, de vidas em risco, não de mercadorias à espera de liberação”, afirmou o advogado, cobrando providências imediatas por parte do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).

A reportagem da TV e Portal CM7 Brasil tentou contato com a direção do ICAM e com a assessoria da Secretaria de Saúde, mas até o momento da publicação não obteve resposta.

O caso segue em investigação e expõe, mais uma vez, os graves problemas enfrentados pela saúde pública no Amazonas, onde a lentidão do Estado e a suposta existência de esquemas de cobrança indevida agravam ainda mais o drama de famílias já fragilizadas pela luta pela vida de seus filhos.

Confira a reportagem completa:





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