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Dos 62 municípios, Amazonas tem apenas 11 mulheres prefeitas

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Dos 62 municípios, Amazonas tem apenas 11 mulheres prefeitas

Amazonas – No Dia Internacional da Mulher, os números das eleições municipais de 2024 no Amazonas trazem um retrato claro: a representatividade feminina na política local ainda caminha a passos lentos. Dos 62 municípios que compõem o estado, apenas 11 elegeram mulheres como prefeitas, o que representa menos de 18% do total. O levantamento, baseado em dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destaca tanto os avanços quanto os desafios que persistem na busca por igualdade de gênero no poder.

Entre as 11 prefeitas eleitas, o destaque vai para Valcicleia Maciel (MDB), que assumiu a prefeitura de Manacapuru com uma vitória esmagadora: 71,78% dos votos válidos, totalizando 44,9 mil eleitores conquistados. Seu desempenho não apenas a coloca como a mais votada entre as mulheres eleitas no estado, mas também evidencia o potencial de candidaturas femininas quando bem-sucedidas.

Outro caso curioso ocorreu em Nhamundá, onde a disputa pela prefeitura foi exclusivamente feminina. Marina Pandolfo (UB) saiu vitoriosa com 62,93% dos votos válidos, derrotando sua adversária e reforçando a presença das mulheres na gestão municipal.

Quem são elas?

A lista das 11 prefeitas eleitas no Amazonas em 2024 mostra a diversidade de perfis e partidos, mas também o quanto ainda é raro ver mulheres no comando. Confira os nomes, municípios e percentuais de votos válidos:
Amaturá – Nazaré Rocha (MDB) – 58,69%

Anamã – Katia Dantas (MDB) – 49,52%

Careiro – Mara Alves (Republicanos) – 47,08%

Eirunepé – Professora Áurea (MDB) – 51,81%

Ipixuna – Paula Augusta (PSDB) – 68,91%

Jutaí – Mercedes (UB) – 60,79%

Manacapuru – Valcicleia Maciel (MDB) – 71,78%

Maués – Macelly Veras (PDT) – 54,69%

Nhamundá – Marina Pandolfo (UB) – 62,93%

Nova Olinda do Norte – Professora Araci (MDB) – 51,80%

Rio Preto da Eva – Prof Socorro Nogueira (UB) – 60,30%

Um longo caminho pela frente

Apesar de vitórias expressivas como as de Valcicleia e Marina, os números gerais mostram que a participação feminina na política amazonense está apenas engatinhando. Com 51 eleitos homens contra 11 mulheres, o cenário reflete uma desigualdade histórica que ainda resiste, mesmo em um estado onde as mulheres representam metade da população.

Casos como o de Ipixuna, onde Paula Augusta (PSDB) alcançou 68,91% dos votos, ou Jutaí, com Mercedes (UB) obtendo 60,79%, provam que, quando têm oportunidade, as mulheres podem liderar com ampla aprovação popular. No entanto, o fato de apenas 11 dos 62 municípios terem escolhido prefeitas sinaliza que barreiras culturais, estruturais e políticas continuam limitando o acesso delas ao poder.


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