Denúncia: Braguinha lidera esquema de corrupção em titulação de terras no AM
Amazonas – O Portal CM7 Brasil trouxe à tona com exclusividade mais uma grave denúncia sobre um esquema de corrupção no Amazonas, envolvendo o ex-secretário de Estado Carlos Coelho Braga, conhecido como Braguinha. Ele está no centro de um escândalo de fraude e propina relacionado à titulação de terras públicas no sul do Estado.
Conforme a denúncia, Braguinha liderava o esquema com a ajuda do advogado de Manaus, Lucas Richel. Em 5 de setembro de 2023, Richel solicitou a titulação de 119,7 mil hectares para a empresa Hileia Participações e Investimentos S/A, sediada em Campo Grande/MS, representada pela sócia administrativa Gilesele Atallah. A área, localizada na região de Lábrea e Boca do Acre, já era conhecida por problemas de fraudes em matrículas cartoriais.
Apesar do capital social declarado de apenas mil reais, a Hileia Participações e Investimentos S/A conseguiu adquirir um terreno avaliado em R$5,5 milhões. Segundo documentos obtidos pelo Portal CM7 Brasil, Braguinha teria recebido inicialmente R$300 mil das mãos de Lucas Richel. Após a denúncia ser divulgada, Braguinha, sabendo que seria exonerado, agilizou o processo de titulação, concluindo-o em apenas 48 horas – um prazo surreal, considerando que o cidadão comum espera até cinco anos.
Com o título definitivo emitido, Braguinha recebeu mais R$800 mil, totalizando R$1,1 milhão. Parte desse valor deveria pagar dois técnicos envolvidos na emissão recorde do título, mas o ex-secretário teria ficado com todo o dinheiro.
As terras, originalmente da União e depois transferidas ao estado do Amazonas, tiveram suas matrículas canceladas pelo Tribunal de Justiça devido a esquemas de grilagem. Registros no Cartório de Boca do Acre reforçam os indícios de fraude.
Confira os documentos:
Alvo da Polícia Federal
Além desse escândalo, Braguinha também está sob investigação da Polícia Federal por envolvimento na venda de aproximadamente R$180 milhões em créditos de carbono de áreas invadidas ilegalmente. A Operação Greenwashing, em parceria com a Superintendência de Rondônia e Acre, visa desarticular essa organização criminosa e aprofundar investigações sobre corrupção e superfaturamento de contratos públicos.
A operação, que resultou na prisão de Braguinha em sua residência no condomínio de luxo Renaissance, é uma etapa de um inquérito iniciado após sua exoneração em 27 de dezembro de 2023. A demissão também foi ocasionada por ameaças de morte feitas à empresária Cileide Moussallem, diretora-presidente do Portal CM7 Brasil, que havia denunciado irregularidades na compra de imóveis para desapropriação.
A sociedade amazonense espera ansiosamente por justiça, enquanto mais detalhes sobre essas irregularidades continuam a a ser investigadas para responsabilizar os envolvidos e trazer clareza sobre o uso dos recursos públicos.
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